O maneira que ele usa o chapéu é quase igual. O jeito de cantar afinado, parecido. O cantor britânico Louis Hoover sobe nesta terça-feira (18), às 21h, ao palco do Teatro Guaíra para celebrar a obra do maior performer da música popular, o cantor que criou o padrão a ser imitado pelos que o sucederam: Frank Sinatra (1915-1998).
O espetáculo “Salute to Sinatra” chega à cidade depois de uma temporada de sucesso em diversos países e em outras capitais brasileiras. No show, Hoover, acompanhado da The Hollywood Orquestra, apresenta o repertório que consagrou Sinatra, incluindo sucessos como “Fly Me To The Moon”, “My Way”, “Strangers in The Night” e muitos outros.
Por telefone de sua casa em Londres, Hoover afirma que seu trabalho é uma “recriação, e não um cover de Sinatra”. Cantor de jazz experiente, Hoover chegou a cantar com Dean Martin (que formava o trio “rat pack” com Sinatra e Sammy Davis Jr.) e assim percebeu que poderia fazer um espetáculo para homenagear o norte-americano.
“Juntamos os melhores músicos de Londres, como o maestro Chris Dean, que tocou muitas vezes com Sinatra. O show é uma grande diversão para celebrar a música maravilhosa dele”, conta.
Depois de encarnar tantas vezes o cantor, Hoover construiu uma teoria sobre por que o mito de Sinatra é ainda tão vivo. “Ele era um artista único e honesto. Em sua época, as “estrelas” se preocupavam em ter uma imagem pública intocada. Sinatra, não. Ele não dava a mínima ao que pensavam ou diziam dele. Tinha uma atitude quase prepotente. Ele foi a primeira estrela do rock-and-roll”, opina.
app do frank
Para celebrar o centenário de Frank Sinatra, a família do artista produziu um projeto multimídia batizado “Sinatra 100”. Quem baixar o aplicativo, disponível para as plataformas IOS e Android, pode acessar gratuitamente o catálogo completo das músicas gravadas pelo cantor em 60 anos de carreira. Há também o catálogo da grande exposição sobre o Old Blue Eyes que ocupou o Lincoln Center, em Nova York, neste ano.
Hoover lembra que ouviu “a voz” pela primeira vez aos 14 anos. “Em casa, quando devia estar na escola.” Na época fã de Marvin Gaye e da música negra americana da gravadora Motown, ele conta que tudo mudou na primeira faixa. “Quando o som de Sinatra tomou o espaço, eu não pude acreditar no quão poderoso ele era.”
Assumindo a persona em turnês, Hoover disse que sentiu na pele o quanto Sinatra é amado. E conta, de maneira divertida, uma história que remete às famosas ligações perigosas do cantor com a máfia. “Quando fizemos o show em Saint Louis, o pessoal da “comunidade italiana” que era dono do clube nos tratou como deuses por mantermos a música de Sinatra viva. No final, botaram uma limusine à nossa disposição e ninguém pagou a conta. Uma loucura!”
Guairão (Praça Santos Andrade, s/nº). Dia 18, às 21 horas. Ingressos de R$180 a R$220.
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dois ingressos.
Nancy curitibana
Hoover explica que o show contempla todas as fases da carreira de Sinatra, dos primeiros registros à fase “Las Vegas”. Ele destaca o período em que Sinatra produziu álbuns para a gravadora Capitol com a orquestra de Nelson Ridlle (entre 1953 e 1957) como o auge de Sinatra.
Hoover ainda disse que espera que a produção local do espetáculo encontre uma cantora para dividir com ele a canção “Something Stupid”, que Sinatra costumava apresentar em dueto com sua filha Nancy.
“Deve ter muitas boas cantoras de jazz aí em Curitiba. Seria lindo”.
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