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Apesar da crise nas relações entre Cuba e EUA, o cantor cubano Carlos Varela fará uma turnê por seis cidades norte-americanas entre 5 e 15 de maio, na esperança de aproximar um pouco as duas nações.

Varela, 47 anos, é considerado o Bob Dylan cubano. A última apresentação dele nos EUA foi em dezembro de 1998, numa "canja" a parlamentares, ao defender mudanças nas políticas de Washington com relação a Havana.

As relações bilaterais estão ainda piores hoje em dia, especialmente por causa da prisão em Cuba de um empresário norte-americano suspeito de espionagem em dezembro, e da morte de um preso político após 85 dias de greve de fome, em fevereiro.

Ao assumir o governo em 2009, Barack Obama prometeu uma "nova era" nas relações dos EUA com Cuba, e de fato tomou algumas medidas para liberalizar viagens e remessas financeiras de cubano-americanos para a ilha.

Nas últimas semanas, no entanto, Obama assumiu um tom mais duro, acusando Havana de não ter dado passos recíprocos e mantido o mesmo "punho fechado" de sempre.

A imprensa estatal de Cuba também tem adotado uma retórica mais crítica aos EUA e à Europa, apontando-os como mentores de uma campanha internacional contra Cuba.

Varela acha que o intercâmbio cultural vai sobreviver a esses atritos, e prevê que mais músicos norte-americanos irão tocar na ilha. "A arte em geral pode contribuir muito para as relações entre os vizinhos", disse Varela. "Não podemos passar tantos anos tão longe, e ainda assim tão perto."

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