Serviço
Psycho Festival
Hoje, às 20h, Espaço Cult. Rua Dr. Claudino dos Santos, 72. Largo da Ordem. Ingrressos a partir de R$ 130.
O público curitibano lotou o Espaço Cult durante os três primeiros dias do Psycho Carnival. O festival de psychobilly acaba hoje. Neste ano, o evento ganhou mais de 30 shows, sendo oito atrações internacionais. Hoje, a festa de encerramento começa às 20 horas no Espaço Cult.
Passaram pelo palco do local vários grupos paranaenses, entre eles o Brown Vampire Catz, Os Cervejas e As Diabatz, banda formada só por mulheres. Um dos veteranos da cidade, a banda Sick Sick Sinners, do organizador do Psycho Carnival, Vlad Urban, encerrou a noite de sábado fazendo um dos melhores shows entre os artistas nacionais. O som deles ao vivo é ainda mais pesado e agressivo do que em estúdio. Destaque para "Curitiba Rotterdamn Psycho", cantada a plenos pulmões pelos fãs.
Entre as atrações internacionais, os suíços do The Monsters, considerados uma das referências mais importantes do estilo, roubaram a cena. Além da formação tradicional com baixo e guitarra, o quarteto tem dois bateristas. Cada um usa a sua caixa e o seu set de pratos. O inusitado é que eles dividem o mesmo bumbo e tocam um de frente para o outro. A inovação deixa o som do grupo ainda mais primal.
A banda faz uma mescla do thrash rock com o punk que resulta em performances explosivas, como o público pode comprovar. As letras das canções dos suíços são quase minimalistas, usando poucas palavras e priorizando os refrões. Destaque para os clássicos "Blow Um Mau Mau" e "I Want You".
Outra apresentação interessante foi a do Reverend Beat-Man, uma one man band, banda de um homem só, do vocalista do The Monsters, o "Reverendo" Beat Man. Neste show ele contou com a participação dos outros membros do grupo. Juntos, eles tiveram uma performance enlouquecida, literalmente, chegando a "tocar" uma música sem sequer encostar nos instrumentos ou pronunciar alguma palavra. A dublagem inusitada arrancou risos e aplausos do público.
Um dos shows mais esperados desta edição era o da banda inglesa The Caravans. O grupo se apresentou na noite do último domingo (10) e não decepcionou os fãs que lotaram a casa para assisti-los. O respeito e o prazer de estarem vendo e ouvindo músicos que influenciaram tantas gerações era evidente. O clássico "Midnight Train" foi um dos pontos altos da apresentação.
Com tantas atrações que ajudaram a construir o que hoje é chamado de psychobilly, o evento vem se consolidando como um dos mais importantes no mundo, dentro do estilo. A prova disso é a quantidade de estrangeiros presentes nesta edição. Desde 2008, quando veio tocar no festival com a sua banda, chamada Chibuku, o músico Bjorn Upio viaja todo ano da cidade de Münster, na Alemanha, para acompanhar o evento. "É a sexta edição que eu venho assistir. As pessoas ficam sabendo do festival, fora do Brasil. O número de europeus que chegam a Curitiba para acompanhar os shows aumenta a cada ano", conta.
Dificuldades
Os organizadores tiveram que lutar contra algumas dificuldades durante o fim de semana. No primeiro dia, problemas na montagem do equipamento de som e luz fizeram com que o início do show sofresse um atraso de duas horas. A lentidão na troca de palco entre um show e outro, também contribuiu para que os horários estipulados não fossem cumpridos nas apresentações de sexta e sábado. Os shows da noite do último domingo transcorreram sem maiores problemas.
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