Carol Castro encarna pela quarta vez personagem de caráter duvidoso

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Na vida real, Carol Castro é uma moça simpática, namorada fiel, boa filha e amiga dedicada. Mas nenhum desses predicados é suficiente para dar a ela um ar de boa moça nas novelas. Desde sua estréia, em 2003, quando fez a interesseira Gracinha em "Mulheres apaixonadas", Carol sofre com a sina de interpretar personagens de caráter duvidoso nas novelas. Foi assim também com a mentirosa Angélica, de "Senhora do destino", e com a briguenta Mercedita, de "Bang bang".

Apesar das maldades feitas nos trabalhos anteriores, é com Ruth, de "O profeta", que a atriz vem experimentando a vilania ao extremo.

- Será que tenho cara de malvada? - diverte-se, para depois falar sério:

- Agora, sim, estou fazendo uma vilã de verdade. Ruth é dissimulada, egoísta, fria e mimada.

Para Carol, somente Gracinha tinha uma índole parecida com a de Ruth:

- Todas tinham um caráter meio duvidoso, mas Gracinha era mau caráter mesmo. Ela queria conquistar Cláudio (Erik Marmo) de qualquer maneira.

A morena consegue até encontrar defesa para suas antigas personagens:

- Angélica, coitada, era chantageada pela mãe dela, por Reginaldo (Eduardo Moscovis) e por Viviane (Letícia Spiller). Ela mentia para todo mundo, mas não era uma menina má. Mercedita era briguenta, batia em Diana (Fernanda Lima), fazia tudo para conquistar Ben (Bruno Garcia). Mas, depois, ela fez até o parto da rival.

Mesmo com uma galeria de malvadas em suas costas, Carol garante que o público nas ruas a vê com carinho.

— Sempre fui muito bem tratada pelas pessoas. Sofri um pouquinho na época de "Mulheres apaixonadas". As pessoas me chamavam de Desgracinha. Mas ainda assim acho que isso acaba sendo um agrado. Só espero que com as maldades de Ruth essa relação não mude. Não quero apanhar, não - brinca a atriz, de 22 anos.

Para ficar ainda mais diferente das antigas personagens, a atriz cortou e clareou as madeixas.

- Queria muito mudar, acho isso importante. Fiz três novelas com o visual praticamente igual. Sou uma morena convicta. A única vez em que fui loura foi para filmar o longa "O caminho das nuvens" e odiei. Mas essa cor mais clara realçou meus olhos. Gostei muito - conta Carol.