Bandas das mais consagradas do pop-rock nacional, o Skank retorna hoje a Curitiba para apresentar o show de lançamento de Carrossel, nono CD da banda, o sétimo de canções inéditas. A turnê do novo disco, que marca 15 anos de carreira do grupo mineiro formado por Samuel Rosa, Henrique Portugal, Lelo Zaneti e Henrique Portugal foi iniciada em setembro do ano passado no Rio de Janeiro, com uma parada entre janeiro e fevereiro, sendo retomada agora na capital paranaense.
Em entrevista por telefone ao Caderno G, o tecladista Henrique Portugal diz que o repertório está mais fechado do que na estréia do show. "Agora temos uma distância do lançamento do disco e isso é legal porque músicas que eram novas agora já são conhecidas, já saem do repertório de inéditas, como Uma Canção É pra Isso e Mil Acasos. E o show só ganha com isso, fica mais gostoso, as pessoas participam mais, pois identificam a música, o refrão", comenta.
Segundo ele, o set list das apresentações já é prestabelecido, com cerca de 80% das músicas definidas. Mas há espaço para variações, ainda mais para quem tem tantas opções de uma carreira recheada de grandes sucessos radiofônicos. "Nós acreditamos que cada show é uma história nova. Vamos construindo momentos de euforia com músicas conhecidas, para as pessoas cantarem junto, aliando a outros momentos introspectivos. O nosso roteiro é baseado nessas sensações. De vez em quando, a gente vê o pessoal pedindo alguma música que não estava programada, e acabamos tocando-a no bis. É isso que faz um show ser diferente do outro", emenda o músico.
Depois de anos agitando o público com músicas mais dançantes como "É uma partida de Futebol", "É Proibido Fumar", "Jackie Tequila", "Tanto", "Garota Nacional" e "Saideira", que devem ser tocadas hoje , o Skank iniciou uma virada na carreira com o disco Maquinarama, em 2000. O quarteto começou a apostar mais em canções mais maduras e elaboradas, um trabalho que teve seqüência em Cosmotron (2003) e Carrossel. "A mudança que fizemos no nosso som foi algo necessário para nossa sobrevivência como banda, de nos sentirmos bem tocando, sentir que vale a pena continuar, com prazer", afirma Henrique.
Projetos paralelos
Além do Skank, o tecladista está envolvido com a música brasileira com o programa de rádio Frente (veiculado em algumas capitais e na internet através do endereço www.uol.com.br/frente), de música independente, e com o estúdio que mantém ao lado do baterista Haroldo Ferretti. "Já produzimos algumas coisas, como um disco do Acústicos & Valvulados, uma música do disco do Lenine. Estou produzindo agora o EP de uma banda chamada Udora, de Belo Horizonte, cujo baterista também toca no Sepultura", confirma. Henrique diz que está sempre procurando novidades para tocar em seu programa de rádio e que está aberto a receber material das bandas novas de Curitiba.
Serviço: Show Carrossel, com Skank. Curitiba Master Hall (R. Itajubá, 143 Portão), (41) 3248-1001. Hoje, depois da meia-noite. Ingressos a confirmar, à venda nas lanchonetes AuAu (R. Carlos de Carvalho, shoppings Mueller e Polo Shopping) e pelo Disk Ingressos (41) 3315-0808.
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