• Carregando...
Vídeo | Reprodução / Paraná TV
Vídeo| Foto: Reprodução / Paraná TV

Londres – Após um longo tempo, o músico britânico Cat Stevens, convertido à religião de Maomé, com o nome de Yusuf Islam, lança agora, aos 58 anos e após um intervalo de quase três décadas, seu novo disco An Other Cup (Outra Xícara, em português).

A voz em um tom mais baixo, é do Cat Stevens de sempre, com um estilo melódico, fluido e bastante familiar de canções como "Peace Train", "Morning Has Broken" ou "Father and Son".

Islam escreveu todas as canções do novo álbum, exceto uma, que é a nova versão de "Don´t Let Me Be Misunderstood" (Não deixes que me entendam mal), canção popularizada por Nina Simone e pela banda The Animals.

"Sim, é verdade que me sinto mal interpretado e não só após minha conversão ao islamismo. Em parte foi por minha culpa, porque buscava minha identidade", disse o músico ao jornal dominical The Sunday Telegraph.

Explica que foi um de seus cinco filhos, Muhammad, de 21 anos, que o ajudou a romper finalmente como o tabu, pois comprou uma guitarra e levou para casa fazendo com que o pai voltasse a compor com a ajuda do instrumento.

Cat Stevens acreditava que o islamismo não via a música com bons olhos, mas seu filho o ajudou a mudar este conceito. "Me ajudou a entender melhor o papel da música na cultura islâmica e me senti livre para voltar a cantar", explicou.

Sua conversão ao islamismo ocorreu nas águas de Malibu, na Califórnia, em 1976, quando esteve a ponto de morrer afogado. Uma forte corrente o arrastou mar adentro e, sentindo que lhe faltavam as forças, pediu a Deus que o ajudasse e, em troca, comprometeu-se a servi-lo para sempre. Naquele momento veio uma onda que o salvou.

Cat Stevens lia naquela época o Corão e atribuiu o milagre a Alá e não ao Deus de sua formação católica.

"Há um só Deus", afirma hoje, quando alguém lhe pergunta sobre o assunto.

Cat Stevens se queixa da fobia ao islamismo reinante e usa como exemplo o incidente ocorrido quando, em 2004, as autoridades norte-americanas negaram a ele entrada no país porque seu nome figurava na lista de pessoas vetadas e relacionadas com o terrorismo.

Aparentemente, houve uma confusão de identidades que motivou uma queixa do então ministro britânico do exterior, Jack Straw, a seu colega norte-americano, Colin Powell.

Quatro anos antes, em 2000, o músico foi proibido de entrar em Israel porque havia feito doações para a organização Hamas, considerada como terrorista, acusação que nunca pode ser provada.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]