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A primeira produção de Mazzola, Atrás do Porto Tem uma Cidade (1974), primeiro LP de Rita Lee, foi um tanto acidentada. O produtor não conhecia a cantora pessoalmente, mas topou entrar no projeto pela oportunidade profissional. Rita, por sua vez, tinha acabado de ser banida do grupo Os Mutantes. "A moçada que estava tocando com ela só vivia no ‘paz e amor’, todo mundo doidaço. Foi um transtorno, aquilo me perturbou muito. Pelo menos ficaram dois clássicos: ‘Menino Bonito’ e ‘Mamãe Natureza’", diz.

"Descoberta" por Mazzola, a cantora sul-matogrossense Tetê Espíndola foi inicialmente ridicularizada pelas gravadoras e emissoras de rádio. "As pessoas davam gargalhadas ouvindo a música ‘Escrito nas Estrelas’. Colocavam a mão no ouvido na hora dos falsetes e daquele grito final", lembra. De tanto insistir, o produtor calou a boca dos colegas: convenceu o consagrado Wagner Tiso a participar da gravação e viu a canção, um dos maiores hits de 1985, vencer o Festival dos Festivais, da Rede Globo.

No início dos anos 90, após faturar uma penca de prêmios Grammy com o álbum Graceland, o cantor americano Paul Simon resolveu ir além em suas experiências com sonoridades "exóticas". Procurou Mazzola para que o produtor viajasse com ele pelo Brasil atrás de artistas interessantes. O tour começou por Salvador, no ensaio do ainda pouco conhecido grupo Olodum. "O Paul Simon ficou tão empolgado que nem quis ver mais nada", conta. O resultado da parceria com os baianos foi o disco The Rhythm of the Saints (1990), vencedor de outros nove Grammy.

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