Fishman é uma estreia nacional que traz ao festival a dramaturgia original do grupo Bagaceira, de Fortaleza, que participa pela segunda vez do evento. Em 2009, os nordestinos trouxeram Lesados e a infantil Tá Namorando, Tá Namorando, ambas na grade principal.
Dessa vez, o trabalho parte de um projeto pelo qual o grupo teve direito a convidar três pessoas de destaque da classe teatral brasileira para orientá-lo. Foi assim que “três monstras”, nas palavras do ator Rogério Mesquita, se tornaram madrinhas do grupo.
Primeiro, Juliana Galdino, do Club Noir de São Paulo e ocasional orientadora do Núcleo de Dramaturgia do Sesi-Paraná, assumiu como tutora, orientando a construção do texto e das primeiras cenas ao longo de cinco meses de idas e vindas.
Teatro do Paiol (Lgo. Guido Viaro, s/nº), (41) 3213-1340. Dias 4 de abril, às 21h, e 5, às 19h. R$ 60 e R$ 30 (meia-entrada). Classificação indicativa: 16 anos.
Depois veio Georgette Fadel (professora do núcleo paranaense), com quem eles já haviam trabalhado no espetáculo Interior e que se apresenta durante este festival em Let’s Just Kiss and Say Goodbye. Quando desembarcou em Fortaleza, levou sua percepção sobre atuação para orientar o trabalho dos dois rapazes em cena (além de Rogério, Ricardo Tabosa).
Por fim, Grace Passô, premiada em seu antigo grupo, o mineiro Espanca, assessorou a dramaturgia final, a cargo de Rafael Martins. A direção é de Yuri Yamamoto.
Antes desse apoio todo, o grupo, que já conta 15 anos, se capacitou no formato autodidata, tanto atores, quanto escritor e diretor. “Foi um espaço de formação, em que cada um foi se descobrindo artista”, contou Mesquita à Gazeta do Povo.
Ledo engano
Enfim, ao espetáculo: Fishman “engana” a plateia em meio ao diálogo de dois homens que se reencontram, mas cuja relação só se entende no decorrer da peça. “Fala da complexidade do ser humano, de como ninguém se encaixa em rótulos”, explica o ator.
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