
São Paulo - Em cartaz nos cinemas, Centurião começa com um homem ferido que corre num campo de neve. Ele diz, em off, que aquilo não é o começo nem o fim de sua história. Este mesmo homem está de novo ferido no desfecho e ele volta a insistir que não se trata do começo nem do fim de sua história.
Épicos do Império Romano não costumam ter esse formato "instável". Isso é muito mais a vida como ela é e que o diretor Neil Marshall transfere para (quase) dois mil anos atrás. O filme também é curto. Cerca de 100 minutos. Épicos sobre Roma costumam ser mais longos.
Marshall se tornou conhecido como diretor de fantasias de terror. Dog Soldiers Cães de Caça, Abismo do Medo e Juízo Final foram seus filmes anteriores. Centurião representa uma mudança para ele, mas talvez não seja tão diferente assim.
O centurião do título integra a 9.ª Legião de Roma, em guerra contra os bretões. No começo, o herói é o único sobrevivente do massacre de sua guarnição. É salvo por um general que se lança, à frente de seus homens, contra o rei da Bretanha.
A legião é vítima de uma emboscada e de uma traição. Dos 3.000 soldados, sobram três em fuga e caçados por uma mulher-loba implacável. O ator Michael Fassbender interpreta o centurião do título e Olga Kurylenko é a loba, obcecada em se vingar dos romanos que massacraram sua família e lhe cortaram a língua. Como todos os filmes de Neil Marshall, Centurião é sobre a luta pela sobrevivência.
Existem traidores em todas as frentes, para tornar a vida ainda mais difícil. No limite, é a história de um casal de desajustados que termina por unir suas solidões. Até a solução é precária. Realmente, nunca houve um épico como este.
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