A mineira radicada na Holanda faz uma retrospectiva; Alvaro Collaço: conceito de solo não se limita a gêneros| Foto: Alessandra Fratus/Divulgação; André Rodrigues/Gazeta do Povo

Show

Solo Música – Ceumar (violão e voz)

Teatro da Caixa (R. Cons. Laurindo, 280, Centro), (41) 2118-5111. Dia 11, às 20 horas. Os ingressos custam R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada), e começam a ser vendidos ao meio-dia de hoje no local. A bilheteria funciona de terça-feira a sábado, das 12 às 20 horas, e domingo, das 16 às 19 horas. Não recomendado para menores de 10 anos.

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A cantora e compositora Ceumar faz nesta terça-feira, 11, o primeiro show da nova edição da Série Solo Música, que leva shows mensais de solistas proeminentes ao Teatro da Caixa. Os ingressos começam a ser vendidos ao meio-dia de hoje.

Ao violão, a artista mineira radicada há cinco anos na Holanda faz uma espécie de retrospectiva de sua carreira – desde seu disco de estreia, Dindinha (1999), até o novo álbum, já gravado e com previsão de lançamento no segundo semestre de 2014, passando por seus trabalhos ligados a Curitiba. "Etel Frota, Estrela Leminski e Alice Ruiz são minhas queridas parceiras curitibanas. Parti também destas referências e do trabalho que fiz com a Orquestra à Base de Corda, do João Egashira", conta Ceumar, por telefone, direto de Itanhandu (MG), sua cidade natal. "Tenho uma história antiga com Curitiba e com o público daí", diz.

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A musicista explica que não tem um estilo sofisticado nem domínio virtuoso sobre o violão. O formato com que vai se apresentar, no entanto, é um de seus preferidos. "Tudo o que concebo na música, desde as minhas composições até a dos outros, parte do violão", explica. "Sozinho, você desnuda as canções de uma forma simples e acessível. Violão e voz têm essa magia: as pessoas podem cantar, me ajudar no palco. É um show intimista", explica.

Série

Baseado na canção, o show de Ceumar é representativo da direção em que caminha a Série Solo Música, conforme explica o produtor Alvaro Collaço. Em sua sexta edição, o projeto – desde o ano passado realizado paralelamente em Brasília e, a partir deste ano, em Fortaleza – amplia sua abertura para outros universos além da música instrumental e erudita.

"Tentei convidar artistas que têm certo impacto dentro da série de forma mais popular sem perder as características principais do projeto, que são a diversidade e qualidade dos shows solo", conta o produtor. "Para a série, o conceito de solo não é algo que possa ser limitado por um estilo, um gênero musical", diz.

Daí a programação incluir desde a soprano argentina María Cristina Kiehr (novembro), especializada em música barroca, até O Lendário Chucrobillyman, que faz punk-blues com viola caipira em formato monobanda, passando pelo show de viela de roda eletrificada do austríaco Matthias Loibner.

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"As coisas estão interligadas. Esta separação entre erudito e popular é um discurso que ficou ultrapassado há muito tempo", explica Collaço, para quem o extraordinário é o que dá o tom da série. "Busco as especificidades, não só o que é bonito", defende.