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Quadrinhos de "Watchmen" | Divulgação
Quadrinhos de "Watchmen"| Foto: Divulgação

A menos de um mês da estreia mundial do filme "Watchmen", marcada para 6 de março, sai no Brasil, pela editora Aleph, o livrão de 280 páginas e capa dura "Os bastidores de Watchmen", no qual o inglês Dave Gibbons explica tintim por tintim como foi o processo de produção daquela que é considerada uma das melhores histórias em quadrinhos de todos os tempos. Publicada originalmente em 12 edições, entre 1986 e 1987, "Watchmen" foi considerada "obra-prima", pela "Entertainment Weekly"; "incrivelmente complexa", pelo "New York Times"; e "incomparável", pela "Rolling Stone".

Ilustrada por Gibbons e escrita por Alan Moore, a série humanizou os super-heróis, imaginando o que teria acontecido se um deles, extremamente poderoso, como um Super-Homem, tivesse realmente existido. E, o mais importante, se fosse cidadão americano. Uma consequência é a vitória dos EUA na Guerra do Vietnã e, por tabela, o prolongamento de Richard Nixon no poder.

Com design de Chip Kidd e Mike Essl, que privilegia os vários estudos de personagens e dezenas de esboços de páginas feitos por Gibbons, "Os Bastidores" é uma maravilha para os fãs da HQ. E para aqueles que querem saber como nasce um projeto como este, que, apesar da estrutura aparentemente simples de nove quadrinhos por página, impressiona pela narrativa, alternando tempos, histórias e linguagens:

"Fiquei particularmente motivado a dar a 'Watchmen' um visual diferente dos quadrinhos de super-heróis da época. Isso trouxe ao projeto um aspecto clássico, retornando ao Homem-Aranha, de Steve Ditko, às histórias de Harvey Kurtzman na EC Comics e ao estilo de muitos quadrinhos europeus", escreve Gibbons.

Como em um gostoso e esclarecedor bate-papo com o leitor, o desenhista continua, de forma informal e prazerosa, a revelar mais do nascimento de "Watchmen". Ele ressalta a liberdade criativa que recebeu da editora, a DC Comics, mas também comenta sobre a cobrança e as dificuldades técnicas enfrentadas naqueles aparentemente longínquos anos 1980:

"Os capítulos datilografados tinham de ser colocados em um táxi, que percorria os cerca de 80 quilômetros entre a casa de Alan e a minha. Ao custo de uns cem dólares por viagem."

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