A censura cinematográfica chinesa não vai aprovar a exibição nos cinemas de "Os infiltrados" porque o filme aborda um plano chinês para comprar equipamentos militares, disseram fontes governamentais nesta quarta-feira.
Martin Scorsese recebeu o Globo de Ouro de melhor diretor na segunda-feira por "Os Infiltrados", um thriller que, na opinião de muitos, pode lhe valer seu primeiro Oscar de melhor direção ou melhor filme.
- Não há chance alguma de 'Os infiltrados' ser exibido nos cinemas da China continental, porque o lado americano negou-se a modificar uma parte da trama que descreve como Pequim queria comprar hardware de computador avançado para fins militares - declarou uma fonte.
- Essa parte da trama é definitivamente desnecessária - acrescentou a fonte, que pediu para não ser identificada porque não está autorizada a falar com a imprensa estrangeira.
- Os reguladores não entendem por que o filme quis envolver a China. Poderia ter falado do Irã, do Iraque ou qualquer outro país, mas não havia razão para incluir a China - disse a fonte, que é próxima ao organismo chinês que regulamenta filmes.
Outra fonte governamental, que também pediu anonimato, confirmou a decisão.
Um executivo em Hong Kong da Media Asia, que detém os direitos de distribuição de "Os infiltrados" na China continental, disse que o filme não passou pela censura chinesa, mas se negou a dar maiores detalhes.
É pouco provável que a decisão impeça os chineses de assistir ao filme, já que versões piratas já podem ser compradas em DVD nas ruas chinesas.
"Os infiltrados" é um remake feito em Hollywood do sucesso de Hong Kong "Conflitos internos".
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