O Ministério de Relações Exteriores da China afirmou nesta terça-feira que o país tem direito de bloquear sites com conteúdo considerado ilegal pela legislação do país, incluindo páginas que falam de China e Taiwan como dois países separados.
A China regularmente bloqueia o acesso a sites que considera inadequados, particularmente aqueles relacionados ao Tibete ou que são críticos ao Partido Comunista.
O acesso às versões em chinês das páginas da BBC, Voz da América e Ming Pao News e Asiaweek, de Hong Kong, está impedido desde o início do mês, segundo a Asiaweek.
"Não podemos negar que alguns sites continuam a ter problemas que violam a lei chinesa", afirmou o porta-voz do ministério Liu Jianchao.
"Por exemplo, se um site se refere a 'duas Chinas' ou se refere à China continental e a Taiwan como duas regiões independentes, acreditamos que isso viola a lei contra secessão da China, bem como outras leis", disse o representante.
"Esperamos que os sites relevantes possam atender às preocupações da China e não fazer coisas que vão contra a lei chinesa. Isso ajudará a criar uma boa cooperação entre a China e os países relevantes, bem como com da China com os sites relevantes."
A China tem a maior população de internautas do mundo, permitindo a seus habitantes um acesso à informação bastante ampliado.
Em resposta, o país montou uma equipe que policia a Internet para remover conteúdos sensíveis, alertar blogueiros que violam as regras e bloqueia acesso a determinados sites.
A capa da edição de dezembro da Asiaweek cita artigo sobre greves de taxistas que ocorreram recentemente na China. A capa anterior abordou os voluntários durante o terremoto na província de Sichuan, que deixou cerca de 80 mil pessoas.
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