Chris Terrio ganhou o Oscar de melhor roteiro adaptado por seu trabalho em "Argo", na cerimônia de entrega dos prêmios Academy Awards, no Teatro Dolby, em Los Angeles, na madrugada desta segunda-feira.

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Dirigido e estrelado por Ben Affleck, Argo recria trama de um falso filme para salvar reféns no Irã em 1980. Com base em fatos reais, o longa mostra como foi engenhoso o resgate de seis diplomatas norte-americanos refugiados na embaixada canadense no turbulento Irã, em 1980.

Affleck oferece no início da projeção uma narrativa em quadrinhos sobre como os Estados Unidos ajudaram o xá Mohammad Reza Pahlavi a governar, a partir de interesses econômicos, até sua deposição em 1979 pelo célebre aiatolá Khomeini.

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O asilo político oferecido a Reza Pahlavi enfureceu a população iraniana na época, que via no antigo xá um criminoso a ser julgado.

Após a negativa do pedido de extradição do xá, as ruas iranianas foram tomadas por protestos, que culminariam na invasão da embaixada dos Estados Unidos em Teerã.

Esse foi o ponto de partida da histórica "crise dos reféns" (1979-1981), em que os seguidores de Khomeini mantiveram presos, por 444 dias, 52 norte-americanos em retaliação à presença do antigo xá em território dos Estados Unidos.

"Argo", no entanto, conta o que aconteceu com os seis diplomatas que conseguiram escapar à invasão. Escondidos na embaixada do Canadá, esperavam que a inteligência norte-americana os tirasse de lá o mais rápido possível. Como não havia condições de se iniciar uma guerra contra o Irã, apelou-se para formas pouco ortodoxas para recuperar estes cidadãos.

Também concorriam nesta categoria Lucy Alibar e Benh Zeitlin (Indomável Sonhadora), David Magee (As Aventuras de Pi), Tony Kushner (Lincoln) e David O. Russell (O Lado Bom da Vida).

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