Programação
Ciclo de Conferências e Debates sobre Arte e Filosofia
Terça-feira (22)Nietzsche: Música e Reflexão Filosófica, por Fernando de Moraes Barros (UESC).
Quarta-feira (23)Da Industrialização da Cultura à "Culturalização" da Indústria, por Ruy Sardinha Lopes (EESC USP).
29 de maioO Que Pode o Teatro numa Sociedade do Espetáculo?, por José Fernando de Azevedo (EAD-USP).
30 de maioA Imagem do Artista na Literatura e Filosofia do Romantismo Alemão, por Márcio Suzuki (USP). 5 de junhoA Economia Libidinal da Estética Musical Adorniana, por Vladimir Safatle (USP).
6 de junhoArquitetura, Estado e Cidade no Brasil Moderno, por Luiz Recamán (FAU-USP).
12 de junhoAs Bordas (Arte e Filosofia), por Lorenzo Mammi (USP).
13 de junhoFilosofia e Teatro no Iluminismo, por Rodrigo Brandão (UFPR).
19 de junhoFilosofia e Literatura, por Franklin Leopoldo e Silva (USP).
20 de junhoA Definição de Arte, por Breno Hax Jr. (UFPR).
A partir desta terça-feira (22) até o dia 20 de junho, o Sesc da Esquina realiza o Ciclo de Conferências e Debates sobre Arte e Filosofia. Serão, ao todo, dez apresentações de especialistas de várias partes do Brasil, falando de que modo a filosofia age sobre a música, o teatro, a literatura e a arquitetura, e como esses gêneros artísticos reagem a ela."As discussões filosóficas sobre a arte talvez sejam um dos modos mais atraentes para mostrar que a filosofia pensa o nosso mundo, nesse caso, as produções culturais as mais diversas", explica Rodrigo Brandão, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), organizador do evento e um dos conferencistas a abordar o teatro, tema a ser tratado pelo professor no dia 13 de junho.
Na próxima quarta-feira (23), Ruy Sardinha, da Universidade de São Paulo (USP), trata de um tópico fundamental e bastante atual para as artes: Da Industrialização da Cultura à "Culturalização" da Indústria. "Um jogo de palavras que pretende apontar para uma mudança significativa em nossa sociedade, o fato da cultura, ao lado da informação e do conhecimento, ter se tornado matéria econômica fundamental para a reprodução ampliada do capital", explica Sardinha.
O professor observa que arte e filosofia são distintas a primeira prima pelo conhecimento sensível e pela intuição, a segunda, pelo pensamento conceitual. Porém, o diálogo entre elas sempre esteve presente e é fundamental para a vitalidade de ambas. "Se pensarmos que a tarefa primordial da filosofia é dar conta, conceitualmente, do presente, revelando suas camadas profundas, aí então, parece-me, o diálogo se torna essencial", afirma.
Abertura
Nesta terça-feira (22), Fernando de Moraes Barros, da Universidade Estadual de Santa Cruz (BA), abre o ciclo falando sobre Nietzsche: a Música e a Reflexão Filosófica. Não por acaso, o professor lança "O Pensamento Musical" de Nietzsche (Perspectiva), abordando a recusa do filósofo alemão em separar música e filosofia.
"Obrigando-nos a compreender o solitário destino por ele (Nietzsche) abraçado, a música permite estabelecer as mais variadas formas de relação e todas concorrendo para abolir a habitual distinção entre vida e obra", diz Barros.
Da relação entre arte e filosofia, o pesquisador acredita que uma tem a ganhar com a outra. "Sempre sério e distante, o filósofo parece exibir um estranhamento atávico. Facilmente excitável, o artista parece estar condenado a compreender emocionalmente o mundo que o cerca. O desafio consiste, pois, em superar positivamente a dicotomia delírio/razão."
Serviço: Ciclo de Conferências e Debates sobre Arte e Filosofia. A partir de terça-feira (22) até o dia 20 de junho, sempre às terças e quartas-feiras, às 19 horas. Sesc da Esquina (Rua Visconde do Rio Branco, 969) Tel.: 3304-2222. Ingressos a R$ 12,00 e R$ 6,00 (meia). Pacote para todas as apresentações a R$ 100,00 e R$ 50,00 (meia). O evento oferece certificado de extensão universitária.
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