1. Laranja Mecânica, de Anthony Burgess/ Stanley KubrickO gênio louco de Stanley Kubrick consegui transpor para a tela em 1974 a linguagem experimental e a crítica demente desde clássico da ficção literária de Anthony Burgess, lançado em 1962, um marco na cultura pop do século 20. A história de Alex, o hooligan adolescente que é capturado pelo Estado e submetido a uma terapia de condicionamento social é desconcertante nas páginas e na tela.
2. Blade Runner O Caçador de Androides, de Phlip K.Dick/ Ridley ScottO filme lançado em 1982, dirigido por Ridley Scott, foi a última grande ficção científica analógica. Cenários em maquete, chuva artificial para contar a história dos robôs replicantes imaginada por Philip K. Dick no livro "Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?", escrito em 1968. O clima de melancolia e decadência do livro estão presentes no filme, apesar do roteiro ter mudado o final original.
3. Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar/ Luiz Fernando CarvalhoA potência poética do mundo em ruptura de Raduan Nassar pareceu encontrar no universo fílmico de Luiz Fernando Carvalho o seu equivalente artístico. As longas sequências do filme de 2001 estabelecem um fiel paralelo com os sustos narrativas da obra de Nassar, de 1975. Só pra lembrar, o primeiro parágrafo tem 66 linhas.
4. O Poderoso Chefão, de Mario Puzo/ Francis Ford CoppolaMario Puzo escreve na melhor tradição dos narradores latinos: descrições diretas e sanguíneas enquanto molda uma genealogia do poder e da honra. O que Francis Ford Coppola faz, em 1972, três anos após a publicação de Puzo, é simplesmente elevar o que já é eloquente a um caráter definitivo. Excetuando o terceiro filme, que é meio desnecessário.5. O Silêncio dos Inocentes, de Thomas Harris/ Jonathan DemmeO clássico de Jonathan Demme, de 1991, redefiniu o ideal de filmes de serial killers ao conferir notas psicológicas contrastantes ao seu antagonista, o envolvente Hannibal Lecter. A matéria-prima parte de "The Silence of the Lambs", de Thomas Harris, escrito em 1988, um desses livros de ler numa sentada. E sair igualmente atordoado com a intrincada e fluente teia narrativa de Harris.
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