As boas novas: “X-Men: Apocalipse”, apesar das reações negativas que recebeu desde a estreia, não representará a queda da série de filmes de “X-Men”.
Nos últimos meses, vimos “Batman vs Superman” desapontar audiências e “Capitão América: Guerra Civil” as impressionar. Agora, o mediano “X-Men: Apocalipse” (que estreia oficialmente na sexta-feira) é bom o suficiente para garantir sua sobrevivência.
É isso mesmo: não precisa haver clamor para que os estúdios Marvel venham cavalgando para resgatar “X-Men”, como fez com o “Homem-Aranha” cinematográfico da Sony. Parte do problema aqui, na verdade, é que o imenso sucesso crítico e comercial dos estúdios Marvel ao longo dos últimos oito anos tem deformado nossas expectativas em relação ao que um filme de super-herói precisa realizar.
A verdade é que os filmes da Marvel ainda podem existir fora do domínio narrativo dos estúdios Marvel, apesar de sua reputação de garantir uma marca de autenticidade. “Deadpool” provou isso em fevereiro. Agora, dado que “Apocalipse” não é o fim do mundo em termos criativos, “Deadpool” não tem que “salvar” o futuro dos filmes dos super-heróis mutantes da 20th Century Fox.
Vilão desidratado
Isso não é para dizer que “Apocalipse” não tem falhas importantes. O ritmo é surpreendentemente lento para um filme com tanta ação. E se há um elo fraco na corrente, diz respeito ao vilão do título. Apocalipse, cuja aparição em um filme de “X-Men” tem sido altamente ansiada por fãs por anos, é o elemento menos atraente desse filme. Se um nome está no título, esse nome deveria ajudar a turbinar o filme. Ele não faz isso.
A grande estatura desse personagem – que é uma força dominante nos quadrinhos – simplesmente não aparece na tela. Talvez Apocalipse teria sido mais bem servido se tivesse sido inteiramente gerado por computação gráfica – como Ultron na franquia “Os Vingadores”. Apocalipse tem seus momentos, mas você fica esperando ele ser espetacular; em vez disso, ele só fica ali.
Enquanto isso, somos apresentados a uma bem vinda movimentação jovem entre os mutantes: Ciclope, Tempestade, Jean Grey e Noturno não desapontam.
Por causa das resenhas menos do que estelares, estava esperando que esse filme me desapontasse. Mas não o fez. Fora a chatice do próprio Apocalipse, esse filme fornece o tipo de viagem que viemos a esperar dos filmes-X de Bryan Singer. Com minhas preocupações aliviadas, eu daria boas vindas a um próximo filme de “X-Men” de Singer.
“Apocalipse” não vai mudar o rumo dos filmes de super-herói. Antes da criação dos estúdios Marvel há quase uma década, esse filme poderia ter sido um “evento”, como foram seus predecessores-X, que ajudaram a dar à luz à presente onda de cinema de super-herói. Mas em uma era na qual a Marvel domina, esse filme de “X-Men” realiza um feito menor: é apenas bom o suficiente para garantir a sobrevivência da franquia.
Eis seis conclusões (cinco delas positivas) que extraímos de “X-Men: Apocalipse”:
1. As crianças vão ficar bem.
Estava cético a respeito da decisão de fazer esse filme com um elenco tão jovem assim no papel de personagens importantes como Ciclope, Jean Grey e Tempestade. Felizmente, a movimentação jovem passa na inspeção. Exceto o desenvolvimento excessivo da personagem de Jean Grey (por razões óbvias que abordarei em um segundo), cada personagem vai bem nos breves momentos que recebem.
2. Jean Grey fornece esperança para os dias futuros.
Inicialmente duvidei da escalação de Sophie Turner. Talvez o ar Sansa Stark de “Game of Thrones” que carrega com si iria perturbar a ilusão de ela ser Jean Grey. Estava errado. Turner é crível no papel de uma personagem que tem o potencial de ser o mutante mais poderoso do mundo e com dicas que sugerem um destino sombrio. Não é segredo que a Saga da Fênix Negra está de volta na mesa para os próximos filmes de “X-Men”. Turner mostra-se à altura quando é a hora de Jean Grey brilhar – tanto que a rota da Fênix Negra parece o melhor passo seguinte para “X-Men”.
3. A experiência visual de Jim Lee vem à dianteira.
Partes de “Apocalipse” parecem quadrinhos criador por Jim Lee que ganharam vida. Isso é algo bom se você se lembra dos quadrinhos dos X-Men do início dos anos 90 que Lee ilustrou – ele teve tamanho impacto na indústria. Essa franquia está finalmente se afastando do visual todo preto. “X-Men: Primeira Classe” nos deu o estilo clássico dos anos 60, azul e amarelo dos quadrinhos. Dessa vez, com “Apocalipse” ambientado nos anos 80, recebemos algumas linhas com muito mais cor. Isso representa uma jogada esperta e divertida, antes da franquia possivelmente entrar nos ano 90 se outra sequência for feita.
E o personagem mais Jim Lee-esco? A Psylocke de Olivia Munn, que entrega o tipo de sensualidade letal pela qual sua personagem é conhecida. Munn entrega a ação com estilo e diversão. E se Psylocke permanecer em uma sequência, esperamos que ela tenha mais a dizer.
4. Essa franquia pode sobreviver sem J-Law.
A Mística de Jennifer Lawrence é apresentada como uma heroína a todos os mutantes jovens, depois de seus esforços em “X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido”. Se esse filme se mostrar ser o canto do cisne dela em se tratando de “X-Men”, a franquia vai continuar bem sem ela. Poderia ser para o melhor, na verdade, que Lawrence saísse, para que possamos ver mais desenvolvimento de Ciclope, Jean Grey e Tempestade. Espero que o agora careca Professor Xavier (James McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender) permaneçam, contudo.
5. Mercúrio revida com força.
O Mercúrio de Evan Peter retorna em boa forma. Esse personagem vem embrulhado em muita diversão, e Singer continua a dar ao personagem alguns verdadeiros pontos altos. Mercúrio sobreviveu à revolta dos fãs a respeito de seu visual em “Dias de Um Futuro Esquecido” e entregou o melhor momento desse filme. Em “Apocalipse” ele recebeu outra chance de brilhar. Por graças, Mercúrio supera sua estreia de “Futuro Esquecido”.
6. Oscar Isaac está enrolado na melancolia.
Apocalipse simplesmente não entrega nesse filme, que dirá cativa. O carisma natural de Oscar Isaac está enterrado debaixo de um muro de maquiagem azul. (O Apocalipse do desenho animado “X-Men” dos anos 90 permanece a melhor abordagem desse personagem.) Ultron era um vilão convincente a ameaçador sendo uma criação completa de computação gráfica em “Os Vingadores: Era de Ultron”; talvez Singer devesse ter tomado essa rota com Apocalipse.
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