
O francês François Ozon é um dos autores mais prolíficos e interessantes da nova geração de cineastas franceses. Ele completa 40 anos em novembro e sua filmografia já tem mais de duas dezenas de títulos. Em boa parte das produções, atua também como roteirista.
É o caso de O Amor em Cinco Tempos, que passou pelos cinemas de Curitiba à época do seu lançamento, em 2004, e está disponível em vídeo no Brasil. Filme voltou a ser exibido no Teatro HSBC desde ontem, ficando em cartaz até domingo.
A atração não tem o apelo de uma novidade, mas uma sessão "requentada" pode ser tão boa (ou melhor) que uma estréia. Ao menos quando se trata do cinema de Ozon.
Ver e rever a história de Marion e Gilles pode ter um efeito interessante. Filme se desenvolve a partir de cinco episódios distintos da vida conjugal deles, começando pelo fim a separação, no primeiro segmento e terminando no dia em que se conheceram no quinto.
Os atores Valeria Bruni-Tedeschi e Stéphane Freiss conseguem retratar de modo assombroso o desmoronar de uma relação. O resultado é curioso porque, no início, diante de um casamento destruído, pode-se perguntar se os dois um dia foram felizes.
Quando fica claro que havia amor, mas ele desapareceu, o impacto é ainda maior. GGG1/2
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