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Quarenta cineastas latino-americanos de diferentes gerações estão em São Paulo a partir desta segunda-feira (10) participando do Primeiro Festival de Cinema Latino-Americano. É uma oportunidade rara de assistir a filmes inéditos, inclusive da década de 50 e 60. Haverá ainda uma série de palestras onde se pretende discutir a produção e os rumos do mercado na região.

Cerca de cem filmes serão exibidos. Nomes históricos do cinema latino-americano, como o chileno Miguel Littín ("La ultima luna"), o cubano Juan Carlos Cremata Malberti ("Viva Cuba") e os argentinos Marcelo Piñeyro (de "Plata Quemada") e Santiago Loza ("Estranho") confirmaram presença.

Na programação estão filmes como "O banheiro" (2005), de Gregory Cohen; "O monobloc" (2005), de Luis Ortega; "Salvador Allende" (2004), de Patrício Gúsman; "O que você faria" (2005), de Marcelo Piñeyro; e "Ponto Final" (2004), de Elia Schneider. Há chance para assitir preciosidades como "A morte de um burocrata" (1966), de Tomás Gutiérrez Alea; "A hora dos fornos" (1968), de Fernando Solanas e Octávio Getino; "Tire Die" (1959), de Fernando Birre; "Now!" (1969), de Santiago Alvarez; e "Ukamau" (1966).

Filmes clássicos dos anos 1950-1970, como "Lucía" (do cubano Humberto Solás), "Barravento" (do brasileiro Glauber Rocha), "Ukamau" (do boliviano Jorge Sanjínes) e os cubanos "Retrato de Teresa" (Pastor Vega), "A Morte de um burocrata" e "Memórias do subdesenvolvimento" (ambos de Tomás Gutierrez Alea) são também atrações.

Temas como o "Documentário na América Latina", "A nova ficção latino-americana" e "A retomada do movimento cineclubista" serão abordados durante os debates. Mesas de discussões também vão tratar de assuntos como a estética do cinema latino-americano e as perspectivas de distribuição alternativa latino-americana.

Foram programadas ainda oficinas de documentários e edição. A estética do cinema argentino - que tem se destacado em todo o mundo - e a produção brasileira, que ganhou mais destaque no mercado nos últimos anos, terão debates especiais.

A idéia de organizar um festival de cinema latino-americano nasceu da boa aceitação que os filmes produzidos na região vêm tendo em todo o mundo. Nos últimos dez anos, produções brasileiras, argentinas, chilenas, uruguaias e mexicanas conquistaram prêmios internacionais e chamaram a atenção da crítica e dos produtores.

- Realizadores de vários países da América Latina ganharam destaque na produção mundial e alimentam o mercado independente - diz o secretário de Estado da Cultura São Paulo, João Batista de Andrade.

- O festival será importante para revelar uma visão mais moderna e atual do cinema latino-americano e de sua importância para nós e para o mundo - diz o diretor-geral do festival, Felipe Macedo.

O objetivo é que o festival se repita nos próximos anos e se transforme num marco de discussão do cinema regional. As exibições dos filmes são gratuitas e começam a partir das 14h. As sessões acontecem no Memorial da América Latina, Cinesesc e na Sala Cinemateca até o próximo domingo, dia 16. A programação completa pode ser consultada no site www.festlatino.com.br

Os endereços de exibição dos filmes são os seguintes:

Memorial da América Latina (Rua Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Barra Funda. (11) 3823-4600)

Cinesesc (Rua Augusta, 2075. Jd.Paulista. (11) 3064-1668)

Sala Cinemateca (Largo Senador Raul Cardoso 207, Vila Mariana - São Paulo. Tel.: (11) 5084- 2177)

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