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O interesse do público levou a Disney a produzir o desenho do cão Bolt em 3D | Divulgação
O interesse do público levou a Disney a produzir o desenho do cão Bolt em 3D| Foto: Divulgação
  • Pioneiro belga: Os Mosconautas é a primeira animação 3D

O cinema 3D ressurge na era da tecnologia digital. No último dia 21, o Cinemark inaugurou no Shopping Mueller, em Curitiba, uma sala com capacidade para apresentar filmes em três dimensões, que criam a ilusão de profundidade e fazem alguns elementos "saltarem" da tela.

De acordo com informações do Filme B, boletim do mercado cinematográfico brasileiro – centrado em distribuição e exibição –, o país já tem 24 salas com projeção digital 3D.

Agora, a missão do cinema tridimensional é semelhante àquela que assumiu nos anos 1950, quando a televisão estava roubando a cena nos Estados Unidos: levar o público de volta aos cinemas. Desta vez, porém, a tecnologia tornou a experiência mais interessante e confortável.

Antes, os óculos de papelão com lentes vermelha e azul (ciano) tentavam criar um efeito tridimensional, mas o resultado não chegava a empolgar. No início dos anos 1990, passou pelo Brasil o derradeiro episódio do serial killer Freddy Krueger, O Pesadelo Final. Ele veio em versão 3D, mas o efeito era quase imperceptível. As imagens eram muito escuras e lembravam revistas vagabundas que tentavam simular tridimensionalidade de uma maneira tosca, com sombras azuis e vermelhas em torno de objetos e pessoas.

Para criar o efeito 3D, duas câmeras eram usadas lado a lado, captando uma mesma imagem. Depois, elas eram projetadas simultaneamente e o cérebro as transformava numa coisa só. O resultado era a ilusão de profundidade.

Hoje, embora o esquema com duas câmeras ainda seja utilizado, já existe a opção de filmar com uma câmera só, digital, com o efeito 3D gerado por programas de computador.

O Cinemark Mueller exibiu no fim de semana passado a animação belga Os Mosconautas, a primeira criada exclusivamente para a tecnologia 3D – apesar de uma versão 2D também ter sido lançada nos cinemas.

A história é simples e fala de três mosquinhas que sonham em viajar para a Lua. Elas conseguem graças a uma carona na Apollo 11, ao lado dos astronautas Neil Armstrong, Michael Collins e Buzz Aldrin Jr. (este faz uma pequena participação simpática nos créditos finais).

A animação é bem feita e várias das cenas que exploram a tecnologia 3D conseguem impressionar – como as da espaçonave na órbita da Terra. Os óculos têm armação de plástico e lentes polarizadas – elas são um pouco escurecidas e ajudam a separar as imagens, uma para cada olho, projetadas na tela prateada.

Em vários momentos durante a sessão, crianças esticavam os braços tentando pegar algum objeto que flutuava na tela, rindo ou gritando de surpresa, e desviavam a cabeça dos obstáculos durante os vôos das mosquinhas aventureiras.

O entusiasmo do público foi percebido pelos estúdios e pelo mercado exibidor. A próxima animação da Disney, a de um cão chamado Bolt, vai ser lançada em versão 3D (a sessão de Os Mosconautas chegou a exibir um trailer tridimensional do desenho). A estréia no Brasil está prevista para o dia 2 de janeiro. Já a DreamWorks, responsável pelo Shrek, prometeu produzir todos os seus filmes em 3D a partir do ano que vem.

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