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São Paulo – Impossível não é. Mas é improvável que o candidato brasileiro ao Oscar 2007 conquiste uma das cincos vagas entre os finalistas à estatueta de melhor filme estrangeiro. Mas, como toda premiação que se preze se garante o direito a ter seus azarões, a comitiva de Cinema, Aspirinas e Urubus desembarcou na última quinta-feira na Califórnia, onde participa das derradeiras tentativas de atrair atenção da Academia, que divulga seus finalistas no dia 23.

Low profile ou não, disputar uma vaga requer muita conversa de bastidores, promoções, anúncios, exibições, festas. "Nosso esquema é o mais modesto possível. Tive só R$ 150 mil, cedidos pelo Fundo Nacional de Cultura. É a primeira vez que faço isso. Mas estamos fazendo, em vez de mágica, verdadeira magia", diz a produtora Sara Silveira, que amarga a perda de um apoio dado como certo. "Seria um aporte importante, mas que só virá se estivermos entre os finalistas", explica ela, que participa amanhã de uma sessão especial e uma festa para 250 convidados organizada pelo Consulado do Brasil em Los Angeles.

Na segunda, ocorre a última das três sessões para os membros da Academia. "É a última chance. Fizemos o possível. Temos concorrentes de peso, como Volver, O Labirinto do Fauno, Black Book, do Paul Verhoeven", diz Sara, que só para publicar os anúncios obrigatórios na Variety e na Hollywood Reporter gastou US$ 22 mil. Além do apoio de Wim Wenders, a seu favor Aspirinas tem o fato de que a Hollywood Reporter, revista influente entre os coleguinhas de cinema, incluiu o brasileiro entre os seis filmes estrangeiros ‘para se prestar atenção’.

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