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Abertura da Mostra, na última quarta-feira. Ao todo, evento exibirá 330 filmes em 35 salas de cinema | Mario Miranda Filho/ Divulgação
Abertura da Mostra, na última quarta-feira. Ao todo, evento exibirá 330 filmes em 35 salas de cinema| Foto: Mario Miranda Filho/ Divulgação

No início do ano, quando fechou a vinda de uma retrospectiva com 15 filmes de Pedro Almodóvar para a 38.ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Renata de Almeida, diretora do festival, decidiu ampliar a participação do país do diretor criando o Foco Espanha, com 42 títulos da safra recente da região.

Mais adiante, engordou a homenagem trazendo uma exposição de fotos feitas pelo diretor Luis Buñuel (1900-1983) e um ciclo com os três filmes dirigidos pelo cineasta bissexto Víctor Erice – a cereja do bolo é a contribuição do próprio Almodóvar na criação do cartaz do evento.

Por essas e outras iniciativas, não é exagero afirmar que a edição 2014 da mostra paulistana, que começou com a exibição do argentino Relatos Selvagens e segue até o próximo dia 29 – tem forte tempero espanhol.

"Tudo foi se encaixando perfeitamente na programação. É bom lembrar que também programamos um encontro de coprodução entre Brasil e Espanha, reunindo produtores e representantes dos governos dos dois países, objetivando o estreitamento das relações cinematográficas entre eles", avisa Renata, que se decidiu por Relatos Selvagens como título de abertura depois de vê-lo no Festival de Cannes, onde a produção participou da disputa pela Palma de Ouro. "Além de ser uma coprodução com a Espanha, o filme de Szifrón dialoga com esse momento em que se discute a comédia no Brasil."

O tributo a Almodóvar abrange todas as fases do diretor espanhol: da anarquia cômica de Pepi, Luci, Bom e Outras Garotas de Montão (1980) e Mulheres à Beira de Um Ataque de Nervos (1988) ao lirismo de Fale com Ela (2002) – de cujos bastidores ele tirou o autorretrato que serve de base para o pôster da 38.ª Mostra –, passando por flertes com o thriller, como Carne Trêmula (1997).

Servindo como contraponto à extravagância de Almodóvar está o cinema contemplativo de Víctor Erice, de quem a Mostra exibirá os três longas dirigidos ao longo de 35 anos de carreira: O Espírito da Colmeia (1973), O Sul (1983) e O Sol do Marmelo (1992).

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