Sarah Smith: cineasta britânica, diretora de Operação Presente, é uma das poucas mulheres atuantes no universo do cinema de animação| Foto: Divulgação

"As crianças pequenas hoje assistem a filmes como Missão Impossível e Identidade Bourne. Não podemos nos enganar. Foi neles que buscamos inspiração."

Sarah Smith, diretora da animação Operação Presente

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Uma das raras mulheres no supermasculino universo do cinema de animação, a diretora britânica Sarah Smith disse, em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, que a possibilidade de fazer mais um filme sobre o Natal não a animou muito em princípio. Mas, ao ler o primeiro tratamento do roteiro de Operação Presente, assinado por Peter Baynham, mudou de ideia. "Era sensacional. Um achado."

"É sempre desafiante abordar um tema tão batido. Eu fiquei muito desapontada com quase todos os filmes natalinos que vi nos últimos anos, mas esse era diferente", contou a cineasta, que depois de vários trabalhos realizados para a televisão britânica, faz sua estreia no cinema para a tela grande com o pé direito.

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Foram necessários, entre o processo de elaboração do roteiro final, o desenvolvimento dos personagens e a criação da animação, em torno de cinco anos para terminar Operação Presente. Ao todo, ela calcula que a produção tenha envolvido cerca de 400 profissionais. "É claro que não conheci todo mundo, mas o time necessário para fazer um filme desses é incrível."

Personagens

Quando pedimos a Sarah que enumere o que faz de Operação Presente um filme diferente, ela cita, de cara, os personagens. "Tivemos a preocupação de desenvolvê-los, de dar-lhes complexidade. A Mamãe Noel, por exemplo, sempre impecável, ge­­­­nerosa, cuidando de todos, apaziguando, é inspirada na rainha Elizabeth, obviamente", conta, rindo.

Sobre a extraordinária se­­quência de ação que abre a animação, na qual Papai Noel, acompanhado de uma legião de elfos ninjas distribuem bilhões de presentes ao redor do mundo sem acordar ninguém, ela conta que recorreu a tramas de ação para adultos. "As crianças pe­­­­que­­­nas hoje assistem a filmes como Missão Impossível e Identidade Bourne. Não podemos nos enganar. Foi neles que buscamos inspiração."