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“Os Imperdoáveis”: uma lição tanto para Trump como para seus detratores | Divulgação/
“Os Imperdoáveis”: uma lição tanto para Trump como para seus detratores| Foto: Divulgação/

E eu não tenho certeza se lembro de algum ano em que tivemos tantos filmes com tanto para nos ensinar hoje. Os doze meses entre janeiro e dezembro de 1992 viram o lançamento de mais filmes excelentes (e mais filmes que geram conversas profundas) do que qualquer ano antes disso. Então aqui vai uma lista de filmes de 1992 cujas lições eu recomendo.

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Para o presidente Donald Trump e os mais fervorosos anti-Trump: “Os Imperdoáveis”. Não por conta do título, mas sim da lição. Algumas vezes, você aciona várias forças que não pode controlar no processo de atingir seu objetivo. As mulheres que contrataram os pistoleiros de Clint Eastwood têm a justiça e o direito ao seu lado. Mas não conseguem parar as horríveis consequências disso.

Para estudantes e jovens profissionais cheios de ambição e ansiedade: “Perfume de Mulher”. Existem linhas que não se passa para ter sucesso, mesmo que sejam legalizadas. Dizendo de outra forma, existem algumas coisas que não se faz nem para entrar em Harvard. Ainda: pontos extras para a defesa de Al Pacino da lealdade como uma das virtudes cardeais.

Para aqueles que têm certeza antes mesmo da investigação de um escândalo quem deve ser punido: “O Jogador”. Chutar errado pode ter consequências terríveis. E esses custos raramente caem nos acusadores, principalmente quando eles são poderosos. Eles sempre caem nos inocentes. Mas quem se importa? A festa continua.

Para aqueles que não conseguem suportar um momento longe de alguma rede social ou outras forma de estímulo rápido e fácil: “Nada é Para Sempre”. Esse filme maravilhoso, baseado num livro de Norman Maclean, celebra as virtudes do silêncio, paciência e resistência. Algumas recompensas exigem tempo. As lições são ensinadas por meio de pesca, mas não é necessário ter algum interesse no esporte. A fotografia é linda e o elenco é perfeito. O jovem Brad Pitt quase cega. A fala final é uma das mais marcantes do cinema e vai te deixar reflexivo. Não são muitos os filmes que fazem isso hoje em dia.

Para aqueles que, no meio desse momento político enlouquecedor, formaram o que acreditam que são alianças de conveniência com aqueles que eles secretamente desprezam ou temem: “Traídos pelo Desejo”. Não pela dinâmica de gênero ou pela surpresa que acontece no meio do filme - e que todo mundo já conhece - , mas por Forest Whitaker recitando a fábula do Escorpião e do Sapo.

Para os dois lados do debate da imigração: “Como Agarrar um Marido” vai ajudar cada um dos lados a ver o ponto de vista do outro. Steve Martin entra na casa dos sonhos que construiu há alguns meses para descobrir que ela foi ocupada por Goldie Hawn, uma garçonete com quem ele passou uma noite. Ele pede que ela saia. Mas na realidade toda a cidade, incluindo os pais dele, se acostumaram com ela. Ela é diferente, mas todos querem que ela fique (pontos extras pela cena de escrever um ensaio).

Para aqueles que acreditam que os seus problemas são insuperáveis: “Meu Primo Vinny”. Compartilhe seus problemas com alguém que você ama. Você pode se surpreender com os talentos escondidos que podem aparecer. (Além disso, sempre respeite juízes, gostando ou não deles, e, se você for preso por um crime que não cometeu, responda apenas com sim e não).

Vamos acrescentar uma pequena coleção política, na esperança de ajudar as pessoas de qualquer lado da divisão ideológica a entender o outro.

“Questão de Honra”: um filme para os conservadores lembrarem como os liberais acham que os conservadores pensam.

“Retorno a Howard’s End”: um filme para os conservadores lembrarem como os liberais acham que os liberais pensam.

“Aladdin”: um filme para os liberais verem como os conservadores acham que os liberais pensam.

“Uma Luz na Escuridão”: um filme para os liberais verem como os conservadores acham que conservadores pensam.

Finalmente, para todos nós: “Uma Equipe Muito Especial”: no momento, muitos estão frustrados com o desenvolvimento da democracia. Até agora, especialmente para pessoas jovens, tudo parecia relativamente fácil. Mas lembre: é para ser difícil. Se não fosse difícil, todos fariam. O difícil que torna incrível.

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