Filme desdobra as camadas da biografia de Maria Altmann.| Foto: Divulgação

Quando a irmã morre, Maria Altmann (Helen Mirren) começa a remexer em papéis muito antigos. Nem imagina que está abrindo a porta a um processo que a levará a revisitar sua Áustria natal, que abandonou há décadas, fugindo do nazismo para os Estados Unidos.

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Em Viena, Maria pertencia a uma rica família judia, os Bloch-Bauer, amantes das artes, cuja casa era frequentada por vários artistas e intelectuais. Tanto que sua tia, Adele Bloch-Bauer (Antje Traue), foi retratada por ninguém menos do que o pintor simbolista Gustav Klimt, num quadro destinado a se tornar famosíssimo e ganhar o apelido de “A Dama Dourada”.

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Com a mesma mão leve observada em outro filme baseado em fatos reais, “Sete Dias com Marilyn” (2011), o diretor britânico Simon Curtis desdobra em “A Dama Dourada” as camadas da fascinante biografia de Maria Altmann, no momento em que ela, já idosa, decide iniciar uma longa e dramática batalha judicial contra o governo austríaco para reaver quadros roubados de sua família pelos nazistas, em 1938.

Um grande acerto do filme está em manter o passo da narrativa histórica, introduzindo flashbacks precisos para retratar a ascensão e queda dos Bloch-Bauer e as dolorosas escolhas da jovem Maria (nessa fase, interpretada por Tatiana Maslany) para se salvar e o peculiar relacionamento da velha senhora com seu jovem advogado.