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Pai e filha pegam a estrada em “A Viagem de Meu Pai” | Divulgação/
Pai e filha pegam a estrada em “A Viagem de Meu Pai”| Foto: Divulgação/

Imagine alguém que, aos 80 anos de idade, afetado pelas cada vez mais frequentes perdas de memória, contrariando tudo e a todos, decide tomar um avião e atravessar o oceano. Essa é a premissa de “A Viagem de Meu Pai”, filme francês que estreia em circuito comercial após ser exibido em junho no Festival Varilux. Misto de drama familiar, comédia e road movie, o filme de Philippe Le Guay trata principalmente da relação entre pai e filha.

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“A Viagem do Meu Pai” é estrelado por Jean Rochefort, um ícone do cinema francês que interpreta Claude Lherminier, octogenário que vive sozinho, com a ajuda de enfermeiras e da filha Carole (Sandrine Kiberlain). Teimoso e mal humorado, sofre com constantes crises de esquecimento e só fala na outra filha, Sarah, reclamando que ela nunca vai visitá-lo. Até que ele decide, repentinamente, pôr fim à espera e ir ao seu encontro. Na Flórida, nos Estados Unidos.

Em junho, o diretor esteve no Rio de Janeiro participando da abertura do Festival Varilux. Na oportunidade, contou que somente o trabalho para convencer Jean Rochefort, que já havia anunciado sua aposentadoria das telas, a participar do filme, rendeu uma história à parte. “Quando convidei-o para fazer o filme, ele não quis nem ler o roteiro. Disse que não queria mais fazer filmes. Mas aceitou me receber para tomarmos um chá”, contou Le Guay.

A partir daí, os dois iniciaram uma rotina de encontros semanais na casa do ator, sempre bebendo chá e conversando sobre amenidades. “De vez em quando falávamos alguma coisa do roteiro. Aos poucos fomos criando um diálogo até que, depois de seis meses, Jean disse que aceitaria o papel”, diz o diretor.

“A Viagem de Meu Pai” é adaptado de uma peça teatral encenada por apenas três personagens. Para transpor a história para o cinema, Philippe Le Guay teve que fazer uma série de adaptações, ampliando a narrativa e criando novos personagens. A essência do texto, porém, foi mantida. “O que mais me atraiu na história foi a relação entre pai e filha. E o filme é sobre isso, sobre como ela pode ser forte e estar acima de qualquer obstáculo”.

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