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Narrativa é engenhosa ao usar ferramentas dos dias de hoje. | Divulgação
Narrativa é engenhosa ao usar ferramentas dos dias de hoje.| Foto: Divulgação

O surgimento das “found footage” [“filmes perdidos”], com o precursor italiano “Holocausto Canibal” (1980) e com o divisor de águas “A Bruxa de Blair” (1999), se utilizou da tecnologia existente no cotidiano das pessoas.

Os filmes que utilizam o recurso das imagens documentais e subjetivas acompanharam o boom dos VHS e filmadoras até as onipresentes câmeras de celulares e de serviços de segurança, tornando-se uma fórmula muito desgastada dentro do horror.

Era até surpreendente que algum diretor ainda não houvesse pensado na evolução óbvia do “found footage” dentro de uma sociedade que tem a internet como parte indissociável de sua vida.

Levan Gabriadze aparece como um dos pioneiros com seu “Amizade Desfeita”, que estreia nesta quinta-feira (12) e explora a dinâmica e os horrores da web.

Confira no Guia onde assistir ao filme

História

A trama em si é uma mistura do popular romance de Agatha Christie “E Não Sobrou Nenhum (O Caso dos Dez Negrinhos)” e de “Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado” (1997). Filme faz uma crítica ao cyberbullying e se desenrola em torno de vídeos que mostram o suicídio da jovem Laura Barns (Heather Sossaman) no YouTube e imagens do Skype.

A produção é inventiva dentro de sua proposta e do baixo orçamento, ao contar a história a partir de uma tela de computador, em tempo real. O trabalho de Gabriadze ganha pontos na familiaridade construída ao colocar a “sua câmera” como um simples reprodutor do MacBook da protagonista Blaire (Shelley Hennig, da série “Teen Wolf”) e simular no seu público-alvo a sensação de estar navegando em seu próprio notebook.

A personagem olha o Facebook durante um videochat com amigos no Skype, ao mesmo tempo em que conversa por mensagens com o namorado Mitch e assiste a vídeos no YouTube, fazendo pesquisas no Google e ouvindo música no player do Spotify.

A possibilidade de se tornar datado em poucos anos é um risco, mas a chance de o filme ter mais repercussão quando for visto em dispositivos digitais também é grande, pois seria onde seu “terror” ganharia mais dimensão.

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