O número de mulheres diretoras de cinema nos EUA teve uma ligeira alta em 2015, de 2% em relação a 2014, mas elas ainda assinam menos de 10% do total de títulos na telona. Curiosamente, o número era o mesmo em 1998. Os dados são do relatório Celluloid Ceiling.
O crescimento atingiu também cargos como roteirista, produtor, produtor executivo, editor e cinegrafista. Considerando todas essas funções, as mulheres ocupam 19% das vagas.
A principal ocupação feminina na indústria cinematográfica é a de produtor (26%), e a menor, de cinegrafista (6%).
Lembremos aqui de Kathryn Bigelow, primeira diretora a levar um Oscar (em 2009, por “Guerra do Terror”) e de Julie Taymor, que criou uma inventiva “Tempestade” (2010) de Shakespeare com Helen Mirren como “Prospera”, que substituiu o personagem Prospero.
No Brasil, a crítica destacou em 2015 o trabalho de Anna Muylaert na direção de “Que Horas Ela Volta?”, com Regina Casé.
Sem estreia
Infelizmente, um bom título de 2015 assinado por uma mulher (Sarah Gavron), “As Sufragistas”, ainda não estreou em Curitiba, quase um mês após o lançamento em outras capitais brasileiras.
Vale lembrar que as cerimônias de premiação do cinema e televisão norte-americano de 2015 foram marcadas por protestos de mulheres. Patricia Arquette fez discurso inflamado no Oscar ao receber o prêmio de melhor atriz coadjuvante por “Boyhood”.
E, em setembro, Viola Davis, primeira negra a vencer um Emmy como atriz dramática (pelo seriado “How To Get Away With Murder”), marcou a entrega do prêmio com uma fala emocionada sobre a falta de oportunidades para seu gênero e cor no cinema.
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