O longa “Que Horas Ela Volta?” é a aposta brasileira para disputar uma das cinco vagas na lista de melhor filme estrangeiro no Oscar em 2016.
O anúncio na manhã desta quinta-feira (10), feito pelo Ministério da Cultura, confirma as expectativas que já rondavam a produção dirigida por Anna Muylaert, eleita o melhor filme pelo público do Festival de Berlim. O longa tem recebido elogios da imprensa internacional, como as do site “Indie Wire” e da revista inglesa “Screen”, que apostam no longa para ser a cara brasileira na mais importante premiação do cinema.
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Na trama, Regina Casé vive a empregada doméstica Val, que trata o filho da patroa como se fosse seu e precisa reaprender a se relacionar com a filha adolescente, Jéssica (Camila Márdila), que se muda de Pernambuco para viver com a mãe e prestar vestibular. O trabalho rendeu às duas atrizes o prêmio especial do júri no Festival de Sundance, nos EUA.
Em exibição no Brasil há duas semanas, “Que Horas Ela Volta?” levou 66 mil pessoas aos cinemas, segundo o portal de mercado audiovisual “Filme B”. Público menor do que a comédia “Linda de Morrer”, com Gloria Pires: 734 mil pagantes em três semanas.
Ainda segundo o site, o longa foi comercializado para 22 países. Na semana anterior à estreia no Brasil, tinha vendido 130 mil ingressos na França. O número é semelhante ao de “Cidade de Deus” (2002), com 155 mil entradas.
“Que Horas Ela Volta?” foi o escolhido entre outros sete filmes brasileiros inscritos para a disputa pelo Oscar, como “A História da Eternidade” (de Camilo Cavalcante), “Estrada 47” (Vicente Ferraz) e “Casa Grande” (Fellipe Barbosa). Estavam habilitados a concorrer filmes lançados entre 1º de outubro de 2014 e 30 de setembro de 2015, em sala de cinema comercial.
Nos últimos anos, o país selecionou “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” (2015), “O Som ao Redor” (2014), “O Palhaço” (2013), “Tropa de Elite 2” (2012) e “Lula, O Filho do Brasil” (2011).
Nenhum deles, porém, ficou na seleção final da Academia, que anuncia os finalistas da principal premiação do cinema em janeiro de 2016.
A última indicação brasileira ao Oscar foi em 1999, com “Central do Brasil”. Também já concorreram a melhor filme estrangeiro “O Que é Isso, Companheiro?” (1998), “O Quatrilho” (1996) e “O Pagador de Promessas” (1962).
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