Baseado em obra da autora Gillian Flynn (do aclamado “Garota Exemplar”), “Lugares Escuros”, uma das estreias da semana, tem uma boa história, mas não a ponto de surpreender o espectador.
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Dirigido pelo francês Gilles Paquet-Brenner, o filme conta a história de Libby (Charlize Theron), uma mulher que precisa confrontar o seu passado, mesmo a contragosto: quando criança, ela sobreviveu a um massacre que vitimou sua mãe e suas outras duas irmãs. Além dela, o irmão mais velho, Ben, também saiu ileso.
Na época um adolescente problemático, envolvido com seitas satânicas (algo que aterrorizava os Estados Unidos), ele acabou sendo o culpado pelo crime, e detido por quase 30 anos .
O fato é que o assassinato acabou dando uma vida digna para Libby, que teve uma infância pobre, com um pai ausente e violento. A repercussão foi tanta que ela viveu anos a fio somente de doações, e da renda de um livro (que, por sinal, nem foi escrito por ela).
Ela não se sente culpada por isso. Ao contrário: se transformou em uma mulher dura, fria. É a falta de grana que acaba fazendo ela voltar à infância e resolver os problemas.
Ao longo do filme, a trama é envolvente: vemos a transformação da personagem (a atuação de Charlize é ótima), e alguns reencontros tensos, como o que ela tem com o pai.
O problema é que o final estraga tudo.
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