Cinco personagens adolescentes. Um único dia. Um ambiente, o interior de uma escola. O resultado: um dos filmes mais representativos sobre a juventude que, mesmo 30 anos após seu lançamento, consegue dialogar com espectadores de diferentes idades. “Clube dos Cinco”, filme em exibição nos shoppings Mueller e Barigüi desta semana, é um dos principais trabalhos de Jonh Hughes, um diretor que como poucos sobre explorar com humor e sensibilidade o universo da adolescência.
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Que atire a primeira pedra quem nunca fez alguma coisa errada na escola e foi obrigado a ficar de castigo. Para os cinco personagens do filme, isso consiste em passar um sábado trancados em uma sala e escrever uma redação sobre o que pensam deles mesmos.
Para representar o microuniverso escolar, Hughes escala cinco personalidades típicas: a garota rica mimada (Molly Ringwald, espécie de musa adolescente dos anos 80), o bad boy provocador (Judd Nelson), o atleta valentão (Emilio Estevez), o nerd acanhado (Anthony Michael Hall) e a dark esquisitona (Ally Sheedy). Todos muito diferentes entre si, mas só a princípio. Bastam algumas horas de convivência para derrubar os estereótipos e mostrar que as personalidades são diferentes, mas muitas angústias são comuns.
Sexo, drogas, problemas familiares, amizade, a pressão da sociedade, a insegurança e o medo do futuro. É impressionante como o roteiro consegue condensar toda essa complexidade inerente à juventude de forma natural, sem forçar a mão. Assim como os personagens, de início estranhos uns aos outros, vamos rapidamente nos familiarizando com cada um. Entre risos, choro, danças e provocações, o tempo passa e descobrimos que, sob diferentes aparências, todos podem ser igualmente frágeis.
John Hughes morreu de forma prematura, aos 59 anos, vitimado por um infarto fulminante em 2011. Dirigiu outros filmes de temática adolescente com uma veia mais cômica, como “Curtindo a Vida Adoidado” e “Mulher Nota Mil”. Mas “Clube dos Cinco” é, sem dúvida, seu maior legado.
Seja para quem ainda vive os desencontros da juventude ou já passou por ela, é impossível não se identificar em algum momento. Até porque as temáticas principais do filme são universais e atemporais: amizade e as emoções.
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