Da minha lista pessoal de dez melhores filmes da história, três serão exibidos na mostra que reúne seis filmes de Sérgio Leone. Há muito me impus a política pessoal de nunca me deslumbrar com a indústria do entretenimento, nem ser tiete de ninguém. Admito que falhei quanto ao reggista italiano. Para dar uma ideia, nos anos 1980, eu e meus irmãos gravamos em K7 no 3 em 1 da família o áudio de Era uma Vez no Oeste, exibido numa Sessão de Gala, da Rede Globo. Depois ouvimos por meses os oito minutos do duelo final, imaginando os olhares de Bronson e Fonda em close-up. Depois vi O Bom, o Mau e o Feio. Espetacular, engraçado e masculino. Uma porrada. O grande filme de Leone, porém, é Era Uma Vez na América. Na versão do diretor há todo o melhor que o cinema pode nos dar: poesia, violência, história, estética, nostalgia, musica, dramaturgia; atores e personagens perfeitos, roteiros e diálogos inesquecíveis, pontas soltas e milhares de histórias de bastidores para comentar depois. Leone foi talvez o primeiro cineasta que usou referencias do próprio cinema para criar seus filmes exuberantes. Assim, foi John Ford e Tarantino ao mesmo tempo. Dificilmente quem ama o cinema não ama também seus filmes.
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