Uma psiquiatra demente não pareceria algo que você iria querer ser no Dia das Bruxas, mas, assim que a Arlequina for colocada à solta no mundo esta semana, pode muito bem vir a ser a fantasia sensação do Halloween.
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Uma das anti-heroínas mais populares da DC Comics, Arlequina é a médica que pensou que poderia entrar na mente do Coringa e entender o que o motiva. Em vez disso ela se apaixonou, e loucura foi o que se seguiu desde então.
Agora, a poucos dias da estreia da personagem em um grande filme – em “Esquadrão Suicida”, interpretada pela atriz australiana Margot Robbie – Arlequina pode vir a ser o próximo ícone da cultura pop.
“Acho que (Arlequina) irá de rainha dos personagens cult para o mainstream muito rapidamente”, disse Paul Dini, cocriador da Arlequina. “Quando você ouve comediantes fazendo piadas em programas de televisão tarde da noite usando o nome do seu personagem é tipo: ‘OK, o personagem decolou’.”
Cria dos desenhos animados
Arlequina se tornou tão popular nas páginas da DC Comics que é fácil esquecer que ela na verdade fez sua estreia no clássico desenho animado dos anos 90 “Batman: A Série Animada”. Dini, que ajudou a cocriar Arlequina com o artista-animador Bruce Timm, estava procurando criar uma personagem feminina para contracenar com o Coringa como um dos membros de sua gangue. Ele foi inspirado pelas capangas femininas do vilão que apareciam no seriado de televisão “Batman” dos anos 60, e nos quadrinhos dos anos 40 nos quais a diversa gangue do Coringa ocasionalmente incluía uma “garota que deu errado”.
“Achei que seria divertido fazer uma versão anos 90 disso”, Dini contou ao Washington Post. “Há uma liberdade tremenda em roteirizar (Arlequina), na qual qualquer ideia maluca que venha à minha cabeça eu posso por no papel e sempre parece apropriada para ela. Ela pode ser engraçada, sexy, heroica e uma verdadeira praga, e ser todas essas coisas ao mesmo tempo. Acho que muitas pessoas respondem a esse elemento cinético de sua personalidade. Ela é uma grande personagem para expressar liberdade pessoal porque ela não tem de engolir regras de ninguém.”
Dupla dinâmica do mal
De repente havia uma nova dupla dinâmica nas aventuras animadas de Gotham City. O traje de bobo da corte vermelho e preto da Arlequina, com seu rosto branco feito giz e máscara dominó preta, foram o complemento perfeito para o Coringa.
O Coringa é um personagem que normalmente não precisava de muita gente ao redor para ser eficaz, mas “porque Harley era engraçada e uma graça e capaz de ficar um passo à frente dele, ela acrescentou uma dinâmica interessante ao Coringa”, disse Dini. “Pela primeira vez o vimos em algo como uma relação, na qual (Harley) o estava seguindo não porque era paga ou queria dividir o botim, mas porque realmente o amava. Isso era algo novo para a personalidade do Coringa.”
De acordo com Dini, depois de sua estreia em animação, todos os escritores e diretores de “Batman: A Série Animada” queriam fazer um episódio com ela. Esse sentimento se transferiu para a divisão de quadrinhos da DC, onde Arlequina estreou em uma série baseada nas aventuras animadas do Batman e eventualmente chegou ao universo principal dos quadrinhos DC, onde ganhou sua própria série assim como aparições frequentes em outros títulos.
Orgulho
Dini diz que não vai esquecer tão logo a primeira vez em que viu a Arlequina de carne e osso. Não foi em um dos trailers do filme, mas em gravações que vazaram na internet enquanto “Esquadrão Suicida” estava sendo filmado em Toronto.
A cena vazada mostrava o Coringa (Jared Leto) e a Arlequina de Robbie correndo nas ruas de Toronto em um Lamborghini roxo enquanto o Batman de Ben Affleck os perseguia com o Batmóvel. Dini não podia evitar sorrir quando viu o vídeo pela primeira vez.
“Eu disse: ‘olhe para isso. Não é incrível?’ Quantas vezes fizemos isso na série, o Batman perseguindo o Coringa e a Arlequina. E agora eles estão fazendo isso (no filme)”, disse Dini. “Senti como se tivéssemos como que pregado uma peça no mundo, porque colocamos algo no nosso desenho animado e isso chegou a um filme. Pensei: ‘isso é bem legal’.”
Diversão e felicidade
Quando Dini passou por um assalto brutal que quase pôs um fim em sua carreira de roteirista, decidiu que iria transformar seus momentos mais escuros em uma graphic novel, “Dark Knight: A True Batman Story” (Cavaleiro das Trevas: uma história real do Batman, sem tradução para o português). Na história, Dini resgata muitos dos personagens da série Batman que escreveu para ajudá-lo no seu caminho para recuperação em sua mente. Um personagem do qual manteve distância até o final foi Arlequina.
“Mantive Harley o mínimo possível durante ‘Dark Knight’, principalmente porque queria contar a história por meio de outros personagens, mas também porque naquela época Harley simbolizava alegria e diversão em minha vida – e não havia nada disso”, disse Dani. “Mas ainda assim ela está lá, às margens, e quando ela volta a aparecer, no final, isso é como que um indicativo de onde minha vida está agora. Há diversão e há felicidade.”
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