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Último filme de Scola foi “Que Estranho Chamar-se Federico” (2013), sobre o também cineasta Federico Fellini. | RALPH GATTI/AFP
Último filme de Scola foi “Que Estranho Chamar-se Federico” (2013), sobre o também cineasta Federico Fellini.| Foto: RALPH GATTI/AFP

O cineasta italiano Ettore Scola, de filmes como “Um dia muito especial” e “Nós que nos amávamos tanto”, morreu nesta terça-feira (19) em Roma, aos 84 anos. A notícia foi divulgada pela imprensa italiana, citando fontes médicas.

Nascido em 1931, Ettore Scola era um dos últimos grandes mestres do cinema italiano, diretor de obras-primas com atores como Marcello Mastroianni, Sophia Loren, Vittorio Gassman e Nino Manfredi.

O chefe de governo italiano, Matteo Renzi, expressou de imediato sua tristeza após a morte deste “maestro dotado de uma capacidade incrível e aguda para ler a Itália, sua sociedade e suas mudanças”.

Segundo veículos de imprensa italianos que citaram fontes médicas, o “maestro” deu entrada no serviço de cirurgia cardíaca da policlínica de Roma, um dos maiores hospitais da capital italiana, onde estava em coma desde domingo.

Ettore Scola começou a escrever roteiros nos anos cinquenta, antes de passar para o outro lado da câmera em 1964 com seu primeiro filme, “Fala-se de Mulheres”, com a participação de Gassman, Mastroianni e Manfredi.

Um de seus filmes mais famosos foi “Nós que nos amávamos tanto”, em que Manfredi, Gassman e Stefano Satta Flores se apaixonam pela deslumbrante Stefania Sandrelli.

Três anos depois, em 1977, dirige “Um dia muito especial”, filme mais político e de grande sensibilidade, em que Marcello Mastroianni e Sofia Loren se descobrem em um amor incipiente, mas impossível, tendo como pano de fundo o fascismo triunfante.

Ettore Scola militou no Partido Comunista Italiano (PCI) e foi ministro da Cultura de um “gabinete sombra” formado em 1989 pelos dirigentes comunistas italianos.

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