O novo “Rogue One” não apenas oferece ao universo de “Star Wars” outra heroína cheia de Força. O filme também entrega a melhor atuação de uma protagonista feminina da franquia até o momento.
Carrie Fisher, uma adolescente quando foi escalada como a Princesa Leia, deu forma a um papel icônico, mas raramente atuações de grande profundidade lhe eram demandadas; a trilogia original tinha o tom de seriados para cinema exibidos aos sábados misturados com quadrinhos de “Flash Gordon”, então Fisher fez seu melhor para interpretar diligentemente o que estava escrito.
Natalie Portman, como Fisher, ainda era uma adolescente quando subiu a bordo da nave “Star Wars” pela primeira vez, como a Rainha Amidala/Padme em “Episódio I – A Ameaça Fantasma” de 1999 (depois de impressionar no papel de uma adolescente em “O Profissional”). Ao tempo que Portman completava a trilogia “prequel”, em 2005, ela tinha se virado bem em “Closer – Perto Demais” e entregado uma cena poderosa em “Cold Mountain”. Mas ela ainda estava adquirindo sua caixa de ferramentas de atuação a caminho de assumir papeis mais exigentes de protagonista, tais como sua atuação ganhadora do Oscar em “Cisne Negro”, de 2010, e seu aclamado trabalho em “Jackie”, deste ano. E Amidala, enquanto um papel, podia ser tão aprisionador quanto eram seus trajes.
“O Despertar da Força”, do ano passado, forçou Daisy Ridley, no papel da nova heroína Rey, a crescer como atriz depois de fazer quase somente trabalhos para televisão, incluindo o seriado “Silent Witness”. O diretor J.J. Abrams conhecidamente disse que suas primeiras leituras de roteiro em “O Despertar da Força” não tinham naturalidade; conforme a trilogia progride, ela sem dúvida vai continuar a se aprofundar no papel.
Mas, no papel da líder rebelde Jyn Erso em “Rogue One”, a experiente atriz de 33 anos Felicity Jones entrega uma atuação memorável que aposta pesadamente em uma mistura de graciosidade física e intensa expressividade.
É fácil, em um filme de ação e aventura, ocasionalmente escorregar para explosões teatrais, mas Jones nunca cai nessa armadilha da atuação. O diretor Gareth Edwards criou o filme de “Star Wars” com aspecto mais natural até o momento e, por consequência, guiou Jones a regular o tom de sua atuação para um lento fogo de brasa em vez de chamativos fogos de artifício. Isso frequentemente é um efeito de conjunto, e Jones sabe como agilmente construir laços na tela que aprofundam a história, em vez de entregar uma performance escandalosa.
Jones pode parece pequena na tela, mas raramente deixa de exibir uma presença ferozmente alerta – como em “Loucamente Apaixonados”, de 2011, e em seu trabalho indicado ao Oscar em “A Teoria de Tudo”, de 2014. Ela tem certa fortaleza que emana daqueles olhos claros e daquele físico energético. Ela interpreta o personagem como um animal de raciocínio rápido enjaulado.
O resultado é uma realização absolutamente vitoriosa que ancora toda a empreitada.
O dom da presença genuína pertence a ela.
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