O Festival Internacional de Cinema da Bienal de Curitiba (FICBIC) irá exibir cerca de 140 filmes em cinco mostras distintas entre os dias 5 e 14 de novembro.
O evento será realizado em nove espaços da cidade como parte da Bienal Internacional de Curitiba. Todas as sessões terão entrada franca e os ingressos serão distribuídos uma hora antes de cada exibição.
O filme de abertura será “O Clã”, do argentino Pablo Trapero (três sessões no dia 5, às 20h). Baseado na história real da gangue dos Puccio, o longa-metragem bateu todos os recordes de bilheteria na Argentina, superando sucessos internacionais como “O Segredo de Seus Olhos” (Juan José Campanella), vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2010, e “Relatos Selvagens” (2014), de Damián Szifron.
Trapero é o cineasta homenageado desta edição (mostra Cinema em Retrospectiva).
“Ele tem produção consistente, muito vigorosa e consonante com o que acontece hoje no Brasil. Fala de questões sociais sem ser exclusivamente político”, diz o jornalista e crítico Paulo Camargo, um dos curadores do festival. Além de “O Clã”, o FICBIC irá exibir outros seis filmes do diretor de “Família Rodante” (veja lista abaixo).
A Mostra Panorama do Cinema Mundial “pretende descortinar um cenário contemporâneo de enfoques e pontos de vista diferentes, com filmes inéditos em Curitiba e premiados em festivais internacionais”.
Serão 12 longas-metragens, um média-metragem e nove curtas. Destaque é “O Grande Mestre”, de Wong Kar-Wai, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e de Fotografia. Também será exibido “Os Irmãos Lobo” (The Wolfpack), de Crystal Moselle.
O filme sobre jovens que tiveram o cinema como fonte de conhecimento venceu o prêmio de Melhor Documentário Norte-Americano do Festival de Sundance.
Trapero
Um dos principais nomes do novo cinema argentino, Pablo Trapero é o cineasta homenageado deste ano.
“O Clã” venceu o prêmio de melhor direção no Festival Internacional de Cinema de Veneza. De sua lavra, também serão exibidos “Mundo Grua” (1999), “Do Outro Lado da Lei” (2004), “Família Rodante” (2004), “Nascido e Criado” (2006), “Leonera” (2008) e “Abutres” (2010).
O ineditismo dos filmes em Curitiba e a participação deles em festivais nacionais e internacionais guiou a curadoria da Mostra Panorama do Cinema Brasileiro, que irá exibir sete longas-metragens e nove curtas. “É um painel abrangente, na tentativa curatorial de mapear a produção nacional. Há muitos filmes reflexivos”, explica Denize Araújo, também curadora do FICBIC.
Um dos elementos convergentes da mostra nacional é a coprodução com outros países, caso do longa “Olmo e a Gaivota”, premiado no Festival de Documentários de Copenhague. O filme mistura ecos do romance “Mrs. Dalloway”, de Virginia Woolf, com a peça clássica “A Gaivota”, de Anton Tchekhóv.
A mostra Universo Z abrange filmes que refletem a “nova geração infanto-juvenil”, que cresceu com a internet a tiracolo. Destaque é o longa-metragem “Até Que a Sbórnia nos Separe”, de Otto Guerra e Ennio Torresan.
Já o Circuito Universitário irá exibir 22 filmes de alunos da FAP/Unespar, Universidade Tuiuti do Paraná e Centro Europeu.
Curitiba cinéfila
Para Paulo Camargo, outro festival de cinema em Curitiba – que neste ano acompanhou 20 documentários exibidos durante o Fidé e 92 filmes no Festival Olhar de Cinema – reflete certa demanda por filmes não comerciais e lembra o “DNA cinéfilo” da cidade, cujas salas de rua se extinguiram uma a uma a partir da década de 1980. A programação completa do festival está no site http://ficbic.com.br
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