Um clássico de Jacques Tati se mantém atual mesmo 57 anos após a estreia. “Meu Tio” é um dos filmes exibidos na mostra Olhar Retrospectivo, do festival Olhar de Cinema. O cineasta francês usa o humor para criar situações que criticam a superficialidade material da classe burguesa. As coisas mais simples do cotidiano divertem o personagem Sr. Hulot.
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“Meu Tio” compara a casa da família Arpel, que possui todas as inovações modernas possíveis, com o subúrbio de Paris, chegando até os personagens que protagonizam a trama. Sr. e Sra. Arpel são dependentes de uma tecnologia fútil, enquanto o pequeno filho deles, Gerald, despreza a forma automática como eles vivem.
O pai passa a maior parte da trama não entendendo o fato de Gerald se interessar mais pela companhia do tio, Sr. Hulot, do que pela sua. Ele teme que o cunhado possa ser uma má influência para o filho. Hulot, diferentemente dos pais de Gerald, tem uma vida modesta.
Serviço
Data: Segunda-feira (15/06), às 16h15
Local: Espaço Itaú, Shopping Crystal
Ingressos: R$ 6 e R$ 3 (meia)
O diretor faz questão de mostrar a classe trabalhadora de uma forma mais livre e feliz. Já a família Arpel é apática, contentando-se apenas com o que o materialismo proporciona. “Eu acho que vale como uma crítica para a sociedade atual também. Com a tecnologia de hoje, as pessoas se preocupam muito com a aparência e esquecem o que realmente importa. A necessidade que a família do filme tem, em mostrar a casa, é parecida com o que as pessoas expõem nas redes sociais hoje. Tudo é sobre aparência”, comenta a estudante Amanda Vieira, que acompanhou a sessão na quinta-feira (12).
O longa venceu o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1959. Em tempo de aplicativos, redes sociais e lançamentos de smartphones, é uma boa opção de passeio com a família. Faz pensar.
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