A começar pelo título nacional (supostamente engraçado, mas sintomático), A Espiã que Sabia de Menos é de uma mediocridade atroz. Não chega ao baixo nível de Uma Ladra Sem Limites, mas também não diverte muito.
Desde seu sucesso como coadjuvante em Missão Madrinha de Casamento, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar, Melissa McCarthy não teve mais sorte com as personagens cômicas – sua melhor performance foi como uma mãe solteira (uma personagem bem séria) em Um Santo Vizinho, ao lado de Bill Murray.
Escrito e dirigido por Paul Feig – que a cada novo filme faz parecer que o divertido Missão Madrinha... foi um acidente em sua carreira – A Espiã... é uma espécie de sátira aos filmes de espionagem, agora protagonizado por uma mulher. É tentador chamar de Austin Powers de saias, mas a personagem criada por Mike Myers tinha algum vigor, e seus filmes uma nostalgia melancólica e divertida. Longe de algo parecido aqui.
Melissa é Susan Cooper, funcionária do FBI, que trabalha atrás de um computador apoiando um agente em missão externa, no caso, Bradley Fine (Jude Law), uma espécie de James Bond ainda mais almofadinha do que o original, por quem ela é secretamente apaixonada. A função da moça é, graças à tecnologia e um ponto eletrônico no ouvido do agente, dar as coordenadas para que ele execute a missão com sucesso.
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