Steve Jobs planejou o seu velório em detalhes – os nomes dos que fariam discursos, os artistas convidados.
No final da cerimônia, todos receberam uma caixinha marrom com um presente: o livro “Autobiografia de um Iogue”, de Paramahansa Yogananda.
A obra, editada pela primeira vez em 1946, era a única que o inovador empresário tinha em seu iPad.
Yogananda (1893-1952) foi um indiano que difundiu a ioga nos EUA na primeira metade do século 20.
Usando criativas táticas de marketing, o iogue percorreu o país e chegou a ser recebido pelo então presidente Calvin Coolidge.
Imponente, carismático e roliço, ele pouco abordava o aspecto da prática física, tão em voga hoje. Sua ênfase era na meditação, na espiritualidade, no autoconhecimento.
Com uma atmosfera mais reflexiva do que informativa, as cineastas Paola di Florio e Lisa Leeman constroem “Awake: a Vida de Yogananda”.
Confira no Guia onde assistir ao filme
O documentário mistura imagens reais da trajetória do personagem histórico com dramatização de atores. Tem um viés propagandístico e embarca, sem contestação, na divulgação das ideias do guru.
O beatle George Harrison, o músico Ravi Shankar e o médico Deepak Chopra são alguns dos que falam a respeito da importância de Yogananda, que teve entre seus adeptos James Lynn, magnata do petróleo e dos seguros.
Linha oficialista
Muito antes do movimento pelos direitos civis, o indiano atraiu a ira de conservadores. É pena que o filme não se aprofunde nessas questões e deixe obscuros vários aspectos da vida do guru.
O filme opta por uma linha oficialista e, com uma trilha sonora suave, mergulha no clima iogue. É produção para adeptos.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Com Lula, fim de ano tem picanha mais cara dos últimos 18 anos
Veja onde estão os pontos considerados mais críticos nas rodovias brasileiras