Histórias familiares dão o tom nas comédias francesas

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Nem só de filmes densos e temas complexos vive o Festival Varilux. Histórias familiares e comédias leves ocupam uma parcela significativa da programação do evento. Em “Florida”, por exemplo, um homem de 80 anos vive em meio a crises de confusão e esquecimento até que decide viajar aos Estados Unidos com a filha.

O filme é estrelado por Jean Rochefort, uma verdadeira lenda do cinema francês que precisou ser convencido pelo diretor Philippe Le Guay a estrelar a produção. “Quando convidei-o da primeira vez ele recusou, disse que não faria mais filmes. Mas me chamou para tomar chá. Durante seis meses tomamos chá juntos toda semana, até que ele finalmente decidiu aceitar o papel”, conta o cineasta.

Julie Delpy dirige e estrela “Lolo, o Filho da Minha Namorada”, em que vive uma quarentona que inicia um relacionamento desaprovado pelo filho. O jovem é interpretado por Vincent Lacoste, para quem o humor vai além de apenas divertir. “O cinema passa um modo de ver o mundo, tem poder transformador”, acredita.

Clássico

Como é de praxe, em todas as edições o Festival Varilux seleciona um título clássico francês. O escolhido da vez é “Um Homem e uma Mulher”, de Claude Lelouch, que completa 50 anos de seu lançamento.

Jean-Louis Trintignant e Anouk Aimée vivem um homem e uma mulher que se conhecem no colégio interno dos filhos. Eles passam a se encontrar todos os fins de semana, vão se conhecendo e logo descobrem que ambos são viúvos. À medida que o relacionamento se intensifica, percebem as dificuldades para superar as respectivas perdas.

O filme ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes e o Oscar de melhor filme estrangeiro.