Existem dois tipos de filmes de super-herói. O primeiro é aquele mais sério, que geralmente explora a natureza angustiada dos protagonistas. Caso do “Batman” de Cristopher Nolan e da franquia “X-Men”. O segundo é o que aposta no humor e na ironia, em que os heróis parecem encarar o processo de mutação como diversão. Esse rol, que inclui “Homem de Ferro” e “Guardiões da Galáxia”, ganhou mais um membro: “Homem Formiga”, que estreia nesta quinta-feira (16) nos cinemas.
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O personagem da Marvel pode não ser célebre como seus pares Hulk, Capitão América e Homem de Ferro, mas é considerado de grande importância no universo dos Vingadores. Até por isso, a produção criou expectativa entre os fãs dos quadrinhos. Se vai agradar esse público sempre exigente ainda não se sabe, mas, como cinema, “Homem Formiga”, dirigido por Peyton Reed, cumpre bem sua missão.
Comparada com a de outros heróis, a história do Homem Formiga apresentada no filme chega a ser bobinha. Scott Lang (Paul Rudd, conhecido por papéis em comédias como “O Virgem de 40 Anos” e “Eu te Amo, Cara”) acabou de deixar a prisão após dar uma de Robin Hood, roubando uma corporação que lesava as pessoas para devolver o dinheiro a elas. Sem conseguir um trabalho normal, aceita participar de um novo plano criminoso, invadindo a mansão de um bilionário para cometer outro roubo.
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Leia a matéria completaAcontece que dentro do cofre da mansão não há nada senão um traje semelhante ao de um motoqueiro. Ao vesti-lo, ele se transforma no personagem título, reduzido ao tamanho de uma formiga, e descobre que faz parte de um plano armado pelo cientista Hank Pym (Michael Douglas). Mentor do traje elaborado para encolher seu usuário, Hank tenta, com a ajuda da filha (Evangeline Lilly, a Kate de “Lost”), evitar que a tecnologia caia nas mãos de Darren, um empresário inescrupuloso (Corey Stoll, da série “House of Cards”).
É verdade que Rudd não tem o carisma de Robert Downey Jr. e seu Tony Stark, assim como o vilão Darren também não é dos mais assustadores. Essas carências, porém, são compensadas por um roteiro que vai direto ao ponto, alternando piadas (especialmente aquelas com os parceiros criminosos de Scott) e efeitos especiais.
As aventuras do herói em tamanho reduzido são um espetáculo à parte, lembrando filmes como “Querida, Encolhi as Crianças” e “Viagem Insólita”, mas com tecnologia mais realista. Entre risos e adrenalina, “Homem Formiga” consolida o novo segmento de filmes de heróis, menos estressados e mais descolados. O final deixa as portas abertas para uma sequência. Aguarde os créditos finais.
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