Quando idealizou a saga do simbologista Robert Langdon, que resultou nos best sellers “Anjos e Demônios” e “O Código Da Vinci”, é bem provável que o escritor Dan Brown já tivesse os olhos voltados para o cinema. As histórias cheias de reviravoltas com verniz histórico são a cara de Hollywood e, assim como venderam milhões de livros, tinham tudo para também levar multidões às salas de cinema. Dito e feito. Capitaneadas por outro chamariz de público, o astro Tom Hanks, as adaptações das duas obras foram sucesso de bilheteria.
Veja as salas e os horários das sessões.
50% de desconto para assinantes do Clube Gazeta do Povo em cinemas selecionados
A crítica torceu o nariz para os dois filmes. Mas quem se importa quando milhões de dólares estão entrando no caixa? Por isso, quando, em 2013, o escritor americano lançou a terceira parte da saga, “Inferno”, era apenas questão de tempo para que ela ganhasse as telas. E aqui estamos nós, diante de uma nova aventura protagonizada pelo professor que desvenda tramas histórico-religiosas em meio a assassinatos e perseguições criminosas.
Em “Inferno” repete-se a dobradinha dos dois primeiros filmes, lançados em 2006 e 2009: Ron Howard na direção e Tom Hanks como o personagem principal. Dessa vez, a ação começa com Langdon acordando desmemoriado em um hospital de Florença (Itália). Uma médica, Sienna (Felicity Jones) pergunta o que aconteceu, mas ele tem apenas alguns flashs. Logo, uma policial armada invade o quarto tentando matar o simbologista. Os dois fogem e tentam descobrir o que está se passando.
A trama está ligada ao suicídio de Bertrand Zobrist (Ben Foster), um bilionário famoso por pregações apocalípticas. Foi ele quem deixou para Langdon uma reprodução de “O Mapa do Inferno”, pintura do renascentista Sandro Boticelli, inspirada na obra “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri. O resto você já sabe: mensagens cifradas que levam a mais pistas, que levam a descobertas inesperadas, que por alguma razão despertam a ira de pessoas, que, por sua vez, não são aquilo que parecem.
A diferença em relação aos filmes anteriores é que o diretor Ron Howard parece ter incorporado de vez o espírito da franquia “Bourne”: câmera na mão, cortes bruscos e ritmo frenético. Com o protagonista sem memória, o início de “Inferno” dá a sensação que estamos vendo um novo filme de Jason Bourne, com Tom Hanks no lugar de Matt Damon. Mas como Howard não é Paul Greengrass, a proposta não se sustenta por muito tempo. No fim, “Inferno” parece entretenimento barato para quem não tem disposição de ler os livros de Dan Brown.
O autor, a propósito, já anunciou para setembro de 2017 o lançamento do quarto volume da série, “Origem”. Se tudo correr como o previsto, é provável que dentro de alguns anos voltemos a ver Tom Hanks mergulhado em novos enigmas.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares