Estreou nesta terça-feira (18/10), no Brooklyn, em Nova York, um filme surpresa intitulado “Michael Moore in TrumpLand”, que conta como um teatro de Ohio impediu o cineasta de apresentar seu show sobre a campanha eleitoral.
O filme teve uma pré-estreia gratuita e aberto ao público, anunciou o diretor em sua conta no Twitter, usando a hashtag #OctoberSurprise (Surpresa de outubro).
Conhecido por seu ativismo político de esquerda e por sua oposição a Trump, Moore conta no filme como o Midland Theatre de Newark, uma cidade no centro de Ohio (norte), evitou apresentar seu espetáculo porque era muito polêmico.
A diretora do teatro, Nancy Anderson, disse à AFP que a instituição nunca chegou a um acordo com Moore para fazer o show, porque “havia muitas perguntas em torno dessa produção”.
E - acrescentou Nancy - as perguntas não eram tanto sobre se o show era polêmico, ou não, mas aos curtos prazos entre o pedido de Moore e a estreia. O teatro temia não conseguir entregar um espetáculo de qualidade ao público, explicou ela.
Em declaração transmitida ao jornal local “The Columbus Dispatch” e publicada no final de setembro, Anderson afirmou, porém, que a diretoria do teatro tinha “perguntas” sobre “a potencial polêmica e a possibilidade de problemas do lado de dentro, ou do lado de fora” do local.
O cineasta conseguiu, finalmente, fazer seu show em Wilmington, também em Ohio. A apresentação foi filmada e serviu de base para o documentário “Michael Moore na Trumpland”.
“Vejam o filme que os republicanos de Ohio tentaram censurar. Michael Moore, ganhador de um Oscar, entra no território hostil com seu show individual atrevido e hilariante, mergulhando profundamente no coração da Terra de Trump nas semanas prévias à eleição de 2016”, afirma a sinopse oficial do filme.
Depois de apoiar o senador democrata Bernie Sanders nas prévias democratas, Michael Moore decidiu não anunciar seu apoio à candidata do partido, Hillary Clinton, por seu voto a favor da guerra no Iraque quando era senadora.
Moore é conhecido, principalmente, por seus filmes “Farenheit 9/11” e por “Tiros em Columbine”, um impactante documentário sobre os motivos que levaram às mortes em uma escola de Ensino Médio no Colorado e investigou a cultura de venda e posse de armas nos Estados Unidos. Este último lhe valeu um Oscar em 2003.
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