Dois sentimentos tomam conta dos fãs de uma franquia quando é anunciada sua retomada depois de muito tempo.
Em um primeiro momento vem a euforia, gerada pela sensação de poder ver novamente seus personagens preferidos na tela.
Na sequência vem o temor: será que a nova sequência estará à altura dos “clássicos”? E se ela não honrar o histórico da série e manchar aquilo que está gravado no imaginário?
Trilogia produziu clássicos de ação
Quem diria que um filme rodado com poucos recursos no deserto australiano daria origem a uma das mais bem-sucedidas franquias do cinema
Leia a matéria completaAs dúvidas certamente estão corroendo os apreciadores de Mad Max, a série de filmes de ação que, depois de 30 anos, ganhou uma nova sequência.
Para essas pessoas, uma boa notícia: A Estrada da Fúria, que chega aos cinemas nesta quinta-feira (14), não deixa a desejar.
Veja no Guia onde assistir ao filme.
O australiano George Miller, que dirigiu os três episódios anteriores, entrega ao público aquilo que a franquia tem de melhor e a fez entrar para a história: ação, ação e ação.
O filme abre como era de se esperar, com o personagem principal solitário em um cenário desértico.
Protagonista
No novo Mad Max, sai o australiano Mel Gibson e entra o inglês Tom Hardy. Antes de encarnar o personagem que deu fama a Gibson, o principal papel vivido por Hardy no cinema foi num filme em que o rosto dele mal aparece: o ator fez o vilão Bane (que usa uma focinheira) em Batman: o Cavaleiros das Trevas Ressurge.
A diferença é que, dessa vez, quem está lá não é Mel Gibson, mas o ator britânico Tom Hardy. Capturado por soldados semisselvagens a bordo de carros turbinados, Max é levado à Cidadela, local onde milhares de pessoas vivem sob o domínio do ditador mascarado Immortan Joe (vivido por Hugh Keays-Byrne, que fez o vilão do primeiro Mad Max).
Quando a imperatriz Furiosa (Charlize Theron), uma das líderes da comunidade, se rebela e foge levando as mulheres do ditador, um exército é lançado à sua caça. Max vai como prisioneiro, mas, é claro, não tardará a conseguir se libertar. Pronto, já está lançado o pretexto para deflagrar as sequências de ação, recheadas de perseguições automobilísticas, explosões, tiros e brigas.
Com mais recursos técnicos à disposição do que há 30 anos, Miller consegue fazer um filme de tirar o fôlego. Tudo bem que o roteiro tem diversos clichês, que há alguns exageros (como alguém no meio das batalhas tocando uma guitarra que solta fogo) e um final previsível. O que importa é que, quando começam os combates, Estrada da Fúria hipnotiza o espectador. Para a felicidade dos fãs, ainda não foi dessa vez que Max foi derrotado.