Esqueça os estereótipos que cercam as culturas indígenas. Com o objetivo de evidenciar a complexidade e riqueza das diferentes manifestações nativas dentro do mosaico cultural brasileiro, o Cine Guarani (Av. República Argentina, 3430 - Portão Cultural) exibe, de terça até domingo (22 a 27) uma série de produções cinematográficas que compartilham o foco nas culturas tradicionais de diversas etnias. A iniciativa acontece dentro da programação da 9º Primavera dos Museus, que este ano leva o tema “Museus e Memórias Indígenas”.
Entre as obras selecionadas estão “Nguné Elü – o dia em que a lua menstruou”, de Marica Kuikuro e Takumã Kuikuro, e “Prîara Jô – depois do ovo, a guerra”, de Komoi Panará. Estes e outros curtas foram produzidos pelo próprio povo local, dentro das aldeias, através de oficinas de produção audiovisual ministradas dentro do projeto Vídeo Nas Aldeias.
Está prevista também a exibição do longa “Serras da Desordem”, de Andréa Tonacci, que narra a história de Carapirú, índio nômade que, após sair de sua terra e perambular por mais de 2 mil quilômetros na tentativa de escapar de um massacre que vitimou sua família, é capturado por um sertanista e levado a Brasília, onde se torna foco de uma polêmica com relação à sua origem. As sessões acontecem sempre às 17h, com entrada gratuita.
Confira a programação completa da mostra:
Dias 22 e 23: Vídeo Nas Aldeias
- “Nguné Elü – o dia em que a lua menstruou”, de Marica Kuikuro e Takumã Kuikuro (2004, 27’)
- “De volta à terra boa”, de Mari Corrêa e Vincent Carelli (2008, 21’)
- “Prîara Jô – depois do ovo, a guerra”, de Komoi Panará (2008, 15’)
- “Huni Meka – os cantos do cipó”, de josias Maná Kaxinawá e Tadeu Siã Kaxinawá (2006, 25’)
Dias 24 e 25: Brasil Indígena
- “Âgtux”, de Tania Anaya (2005, 22’)
- “Jornada Kamayurá”, de Heinz Forthmann (1966, 11’)
- “Bubula, o cara vermelha”, de Luiz Eduardo Jorge (1999, 29’)
- “Mato eles?”, de Sérgio Bianchi (1983, 34’)
Dias 26 e 27
Serras Da Desordem (2006, 136’)
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