Em um bem-sucedido momento para a produção de filmes de terror e seus subgêneros – realistas, vampirísticos, de invasão de casas, de zumbis, de espíritos e os de baixo orçamento, seja lá qual entidade maligna represente – não poderia faltar um exorcismo. Mesmo que repaginado. “Dominação”, uma das estreias desta semana, ocupa esta lacuna específica, embora, no final, não preze por muita originalidade.
O filme, dirigido pelo canadense Brad Peyton (de “Terremoto: A Falha de San Andreas”) tem como principal mérito reunir um elenco muito bom, que não costuma ser visto em outros exemplares do gênero do susto. Aaron Eckhart, como o protagonista, o doutor Ember, Carice van Houten (a Melisandre de “Game of Thrones”), a colombiana Catalina Sandino Moreno (das séries “Falling Skies” e “The Affair”) e David Mazouz (que interpreta Bruce Wayne criança em “Gotham”) são as principais presenças.
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Eckhart interpreta um sujeito atormentado pela perda da mulher e do filho. A família morreu em um acidente provocado por uma motorista bêbada que teria incorporado um demônio poderosíssimo. Isso mesmo. Anos depois, a bordo de uma cadeira de rodas, resultado do mesmo acidente, ele usa o dom de ver e falar com seres malignos para realizar exorcismos.
A metodologia é bem diferente, porém. Saem padres, água benta e crucifixos e entram monitores cardíacos e estudos dos níveis de consciência. Isso porque Ember consegue expulsar os diabos entrando no subconsciente de quem foi possuído. É que, para dominá-las, o demônio envolve as pessoas em uma ilusão que as mantêm em um estado onírico. Parece diferente de outros filmes com essa premissa, mas na prática o filme não consegue surpreender.
Até o envolvimento da Igreja no caso é semelhante a tantos outros filmes de possessão. A intermediária entre o exorcista e um novo caso, Camila (Catalina Sandino Moreno), por exemplo, é enviada do Vaticano. Ela tenta ajudar Cameron (David Mazouz), um garoto de 11 anos que foi possuído, aparentemente, pelo mesmo demônio que matou a família de Ember.
A cada ‘operação’, o protagonista precisa ficar inconsciente para conseguir contato com a pessoa infectada, o que tem colocado sua vida em risco. Se acordado Ember está paralisado, no sonho ele funciona como um guia, ‘caminhando’ pelos sonhos e indicando saídas. Cameron, por sua vez, tem pouco tempo de vida, já que não se alimenta há dias e está cada vez mais fraco. Mas as técnicas do exorcista parecem não surtir efeito diante dos poderes do demônio.
Carice van Houten, no papel da mãe de Cameron, não tem lá muita importância na narrativa. Mas é interessante ver a intérprete da forte feiticeira Melisandre, capaz de trazer os mortos de volta à vida, impassível diante de um ‘demoninho’.
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