“Todas as famílias felizes se parecem e cada família infeliz é infeliz à sua maneira.” A premissa de Tolstói (na abertura do romance “Anna Kariênina”) não vale para as famílias das comedias americanas de Natal. Essas são sempre iguais. Felizes na superfície, infelizes na essência até que o “espírito do Natal as redima”.
A lógica vale para “O Natal dos Coopers”, em cartaz nos cinemas.
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Como geralmente ocorre, é a matriarca que faz questão de que todos – um quadro de parentes heterogêneo e relutante – venham para a festa. O Natal serve para isso mesmo: trazer conforto e alegria às famílias pelo menos uma noite por ano.
É Natal
O “erro” de “O Natal dos Coopers” é o de sempre: uma família aparentemente normal tenta se reunir para uma grande ceia natalina e todo mundo sofre com o reencontro.
Porém, como você também já viu mil vezes, a alegria e a união da família está apenas na superfície. No caso da família Cooper, a crise começa com os mais velhos. O pai Sam (John Goodman) e Charlotte (Diane Keaton) decidiram se separar depois de 40 anos juntos, mas fizeram um acordo de só anunciar depois do Natal.
Há outros dramas periféricos e a narrativa usa um lugar-comum do cinema contemporâneo que são as histórias fragmentadas que se encontram no fim apoteótico. Quer dizer então que o filme não presta? Nem tanto.
O elenco carismático de atores, algumas boas linhas e cenas de pastelão do roteiro criam uma açucarada, inofensiva e simpática comédia natalina de sessão da tarde que pode até divertir pela despretensão, apesar do déjà vu.
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