O diretor Cameron Crowe, menino prodígio da revista “Rolling Stone”e autor de filmes como” Quase Famosos” (2000) e “Vanilla Sky” (2001), consegue uma façanha no seu novo longa-metragem, “Aloha”, traduzido no Brasil com o duvidoso título de “Sob o Mesmo Céu”, que chega nesta quinta-feira (11) aos cinemas: fazer o espectador aceitar que um filme dele é sempre bom. Mesmo que não seja tão bom assim.
Veja no Guia onde assistir ao filme
Na verdade, a produção é uma comédia romântica daquelas bem açucaradas (talvez, uma boa estratégia de lançamento no país para o Dia dos Namorados), mas com argumento um pouco mais inteligente, além de um elenco talentoso.
A trama traz o ator queridinho da vez, Bradley Cooper (sem todos os quilos que ganhou para protagonizar Sniper Americano), no papel de Brian Gilcrest, militar que fracassa em uma missão e está vendo a carreira desandar.
Saiba mais sobre a trajetória do diretor
Nascido em Palm Spings, na Califórnia, Cameron Crowe ficou conhecido pelos roteiros originais e por filmes baseados em experiências pessoais
Leia a matéria completaQuando praticamente aceita a derrota, recebe a chance de recomeçar em sua terra natal, o Havaí. Ele vai supervisionar o lançamento de um satélite (patrocinado pelo excêntrico Carson Welch, vivido pelo veterano Bill Murray), e negociar a operação com nativos, que estão desconfiados da ação.
Carson também vai acertar os ponteiros de sua vida pessoal e resolver um amor antigo com Tracy (Rachel McAdams). Ao mesmo tempo, se apaixona pela promissora soldado da Força Aérea Allison Ng (Emma Stone), uma das personagens mais divertidas do filme.
Uma série de histórias se cruzam no longa, mas não o suficiente para segurar o ritmo, que é lento e apressado ao mesmo tempo: consegue falar de amor e seus conflitos, hierarquia na Força Aérea, falcatruas , Havaí (os moradores da ilha detestaram o filme, falando que Crowe “embranqueceu” a produção), e até dos detalhes do céu.
Mas há boas cenas que salvam “Aloha”, como a dança de Bill Murray e Emma Stone, e o “diálogo” silencioso de Cooper e o marido de sua ex, John (interpretado por John Krasinski). Não é nada de extraordinário, mas diverte. E, em tese, faz Crowe – que talvez fez seu pior filme da carreira – se redimir um pouco.
Conanda aprova aborto em meninas sem autorização dos pais e exclui orientação sobre adoção
Piorou geral: mercado eleva projeções para juros, dólar e inflação em 2025
Brasil dificulta atuação de multinacionais com a segunda pior burocracia do mundo
Dino suspende pagamento de R$ 4,2 bi em emendas e manda PF investigar liberação de recursos
Deixe sua opinião