A Universal Pictures divulgou, nesta sexta-feira (22), o primeiro trailer oficial de “Jason Bourne”, que tem estreia prevista para 28 de julho no Brasil. O filme, o quinto da série “Bourne”, marca o retorno de Matt Damon e do diretor Paul Greengrass à franquia.
O lançamento do longa acontece pouco menos de um ano após a produção mais recente da saga 007, intitulado “007 Contra Spectre”. Protagonizado por Daniel Craig, que também estrelou os três filmes anteriores, a mudança no perfil do personagem central trouxe à tona a possível influência de Jason Bourne, cujo primeiro longa foi lançado em 2002, quatro anos antes de Craig assumir o papel.
VÍDEO: Assista ao novo trailer de Jason Bourne
As produções que seguiram “Um Novo Dia Para Morrer”, que marca o último filme da cronologia original da franquia e também o último com Pierce Brosnan como o agente secreto 007, ganharam uma nova roupagem e dinâmica muito similar à de Bourne, o que o tornaria, na verdade, o novo James Bond.
Seu nome é Bond, James Bond... Ou seria Bourne?
Veja 5 coisas introduzidas pela saga Bourne que foram copiadas pelo Bond de Daniel Craig:
Ritmo
Ficou claro, principalmente em “Quantum of Solace”, o vigésimo segundo filme da franquia 007 e o segundo de Daniel Craig no elenco, que a cinematografia e edição tornaram-se incomuns em relação aos longas anteriores. A rapidez quase hiperativa, uma característica habitual da saga Bourne, fez com que sua dinâmica original se perdesse e a nova fosse apenas uma aspirante ao filme de ação protagonizado por Matt Damon.
Espionagem
O personagem James Bond nunca foi um espião que conseguia resolver seus casos de forma convencional; os carros que se tornavam invisíveis e os botões que fazem coisas explodirem sempre fizeram parte do trabalho. Em compensação, Jason Bourne é um cidadão aparentemente comum e que consegue camuflar a espionagem e deixá-la real, coisa que o Bond de Daniel Craig tentou - apenas tentou - copiar, mas falhou. Ao mesmo tempo em que ele se esforça para passar despercebido, assim como Bourne, em alguns dos filmes ocasionais carros equipados com lança-chamas e armas com capacidade de derrubar helicópteros quebram a tentativa de um novo arquétipo.
Violência
Talvez as características mais marcantes nas produções clássicas da saga 007 sejam o charme e cavalheirismo de James Bond, ambos traços representados principalmente nas atuações de Sean Connery e Roger Moore. Mas o Bond de Daniel Craig está mais para macho man do que gentleman; na nova saga, o personagem matou mais vilões do que em todos os filmes anteriores, deixando o romantismo clássico de lado e investindo na violência... assim como Jason Bourne.
Humor
A ausência de humor sempre foi consistente ao decorrer da saga Bourne, que prefere investir em cenas de ação tensas, sem alívio cômico. O aspecto é totalmente o oposto do senso de humor britânico presente nos filmes clássicos da franquia 007, cujo personagem principal fazia comentários carregados de ironia e espírito cômico sutil. Então não foi uma grande surpresa quando John Cleese, que fez parte do elenco de dois filmes antigos do James Bond, criticou a falta de senso de humor nas produções mais recentes de 007, comparando-os a “filmes de ação do tipo ‘A Identidade Bourne’, que são duros e sem graça”.
Lealdade
Enquanto o James Bond sempre age com lealdade ao chefe do Serviço Secreto de Inteligência britânico, também conhecido como MI6, Jason Bourne é visto como uma ameaça por agências governamentais secretas e organizações criminosas, tornando-o praticamente apátrida. Mas quando Daniel Craig assumiu o papel do agente 007, ele passou a agir como um fora da lei, o que o fez ser perseguido pelos próprios agentes britânicos, quebrando a lealdade antes tanto prezada pelo espião e se tornando uma ameaça assim como Bourne.
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