A cada ano que passa, os brasileiros vão se familiarizando com mais nomes do cinema argentino. Além do astro onipresente Ricardo Darín, diretores como Pablo Trapero, Lucrecia Martel e Gustavo Taretto são alguns dos que puderam ter sua obra conferida nas telas de cinema recentemente. Esta semana, um novo e promissor nome se junta a essa lista: Rodrigo Grande, que nesta semana lança seu primeiro filme no Brasil, o suspense “No Fim do Túnel”.
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O filme evidencia o bom momento vivido pelo cinema argentino, que tem emplacado boas bilheterias no país e ampliado seu público fora dele. Por aqui, “No Fim do Túnel” tem condições de garantir um desempenho satisfatório, já que é um thriller que não deve nada às produções hollywoodianas do gênero.
O elenco é encabeçado por Leonardo Sbaraglia, que fez “Relatos Selvagens” e pôde ser visto recentemente ao lado de Carolina Dieckmann em “O Silêncio do Céu”. Ele interpreta Joaquín, um técnico em informática paraplégico que vive sozinho em uma casa até que uma mulher (a espanhola Clara Lago) aluga um quarto para morar com a filha. Enquanto os três vão criando intimidade, Joaquín descobre que no imóvel ao lado um grupo está cavando um túnel. E, naturalmente, uma coisa está ligada à outra.
Rodrigo Grande veio ao Brasil para promover o lançamento do filme e conversou por telefone com a Gazeta do Povo. Ele conta que a ideia do filme surgiu em uma mesa de bar. “De repente imaginei a situação: um homem descobre que estão cavando um túnel ao lado de casa. O que acontece? A partir daí comecei a desenvolver o roteiro”, diz o diretor, que também não pensou o filme como um suspense, necessariamente. “Gosto muito de histórias de suspense, mas prefiro não vê-lo como um filme de gênero.”
De repente imaginei a situação: um homem descobre que estão cavando um túnel ao lado de casa. O que acontece? A partir daí comecei a desenvolver o roteiro
Esse é apenas o terceiro longa do cineasta, que antes fez dois filmes de menor orçamento: o drama “Rosarigasinos” (2001) e a comédia “Cuestión de Principios” (2009). “No Fim do Túnel” foi o primeiro trabalho em um grande estúdio. “A grande diferença é que tive mais liberdade e controle sobre o filme. Pude até mesmo ir além do que havia planejado inicialmente”, destaca Rodrigo.
Feliz e otimista com o lançamento de seu primeiro filme no Brasil, Rodrigo Grande acredita que o cinema argentino vive um momento bastante promissor. “Sempre tivemos bons filmes sendo feitos na Argentina, mas, de dez anos para cá, conseguimos retomar o contato com o público”, observa. De acordo com ele, quando “No Fim do Túnel” estreou, em abril, quatro dos cinco filmes mais vistos no país eram argentinos.
“O que ainda falta é consolidarmos uma indústria cinematográfica. Mas acredito que, com o público vendo cada vez mais nossos filmes e abrindo as portas fora do país, isso possa vir a ser consolidado”, conclui. GGG1/2
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